Para FBI, maus-tratos contra animais são “crime contra a sociedade”

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Além disso, órgão aponta que crueldade contra animais pode ser precursora de crueldade contra humanos.

Desde 2016, o FBI (unidade de polícia do Departamento de Justiça dos Estados Unidos) levanta dados e investiga casos de maus-tratos a animais como crimes graves, como já fazia com crimes como homicídio, agressão, roubo e incêndio criminoso.

O FBI também tipifica esse tipo de crime como “crime contra a sociedade”. A decisão foi tomada a partir da crença do governo americano de que a crueldade contra os animais é um indicador de violência criminosa. Os crimes são divididos em categorias como maus tratos e abuso sexual de animais.

Os atos de crueldade relacionados a animais fazem parte da base de dados National Incident-Based Reporting System (NIBRS), utilizada por várias agências do país e pelo próprio FBI.

Durante anos, os criminologistas reconheceram uma ligação entre o abuso de animais e a violência humana. Parece haver um “efeito de graduação”, em que jovens problemáticos ensaiam torturando o animal de estimação da família ou outros animais antes de ferir os humanos.

Segundo os criminologistas americanos, abusadores de animais são cinco vezes mais propensos a cometer atos de violência humana (como agressão e estupro), quatro vezes mais propensos a cometer delitos de propriedade (como roubo e vandalismo) e três vezes mais propensos a cometer delitos relacionados às drogas. O FBI adota essa tese. De acordo com o órgão, o abuso de animais é altamente correlacionado com a violência interpessoal entre humanos.


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