Caso aconteceu em São Vicente, no litoral de São Paulo, após a vítima desfazer a venda de um filhote de cachorro com o agressor.
O pastor e seu irmão, suspeitos de agredirem a marretadas um vendedor em São Vicente, no litoral de São Paulo, podem ser indiciados por tentativa de homicídio e não mais lesão corporal. A Polícia Civil confirmou a informação neste sábado (13) e informou que aguarda o laudo pericial para uma possível alteração da tipificação do crime.
Segundo o comerciante Jhonatan Dener Lima, de 25 anos, ele foi agredido após desfazer a venda de um cachorro com um pastor de Praia Grande (SP). Conforme relatou em Boletim de Ocorrência, o pastor pagou uma parte da quantia pelo animal, mas não quitou o restante da dívida de R$ 1.900.
Jhonatan afirma que a transferência que recebeu do pastor era falsa, e não teve o valor creditado em sua conta. Além disso, o vendedor relata que logo após pegar o cachorro, o comprador passou a evitá-lo, e por isso ele pegou o animal de volta.
Esse teria sido o motivo, conforma relata a vítima, pelo qual teve sua casa invadida pelo pastor e o irmão, que o agrediram com marretadas. Ele sofreu ferimentos na cabeça e teve a perna quebrada durante a agressão. Os suspeitos fugiram após o crime.
De acordo com a Polícia Civil, o pastor e seu irmão já foram identificados e irão depor na segunda-feira (15). O delegado aguarda o laudo para especificar o tipo de agressão e, dependendo do resultado, há possibilidade da dupla responder por tentativa da homicídio.
“Foi um descaso imenso registrarem o boletim de ocorrência como uma lesão, porque não foi só isso, eles tentaram me matar, a vizinhança que impediu e mesmo assim o pastor gritava que iria voltar. Agora ele está ganhando mais tempo para pensar no que vai dizer”, destaca Jhonatan.
A opinião também é defendida pelo advogado da vítima, Uriel Pinto de Almeida. “Todas as provas mostram que foi uma clara tentativa de homicídio. Se não fossem as pessoas para separar, o Jhonatan poderia ter morrido”, disse. O defensor afirma que pretende levar o caso ao Ministério Público e buscar medidas protetivas para evitar novos ataques ao comerciante.
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