Perigo: 37% das vítimas de tráfico humano no Brasil confiavam no aliciador

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No Brasil, 37% das vítimas de tráfico humano atendidas em 2020 tinham alto grau de confiança nos aliciadores antes de serem recrutadas. Os exploradores eram familiares, amigos ou vizinhos das vítimas.

O tráfico humano é um crime muito frequente, mas pouco divulgado, o que facilita o trabalho dos criminosos. Esse crime faz vítimas no mundo todo, inclusive no Brasil. Os alvos preferenciais dos traficantes são os mais vulneráveis, como migrantes e pessoas sem emprego. Além disso, o número de crianças vítimas de tráfico humano triplicou nos últimos 15 anos.

No Brasil, 37% das vítimas de tráfico de pessoas atendidas em 2020 tinham alto grau de confiança nos aliciadores antes de serem recrutadas. Os exploradores eram familiares, amigos ou vizinhos das vítimas.

O dado é do Relatório Nacional sobre o Tráfico de Pessoas, do Ministério da Justiça e Segurança Pública. A pesquisa, elaborada pelo Escritório das Nações Unidas para Drogas e Crime (Unodc), abrange informações entre o período de 2017 e 2020.

No período analisado, a Polícia Federal instaurou 422 inquéritos de tráfico humano interno e internacional. O maior objetivo dos crimes era o trabalho análogo à escravidão (36%) e, em segundo lugar, a remoção de órgãos (23%).

As Nações Unidas revelaram também este ano que aumentou a proporção de crianças traficadas no mundo. O Relatório Global sobre Tráfico de Pessoas aponta que cerca de 50 mil vítimas foram detectadas e denunciadas em 148 países em 2018.

O estudo alerta que a Covid-19 agravou a tendência geral de piora no tráfico de pessoas. O receio é que a recessão causada pela pandemia exponha ainda mais pessoas ao risco de tráfico.

A proporção de meninos aumentou cinco vezes. Este grupo é o mais usado para trabalhos forçados. As meninas são mais traficadas para exploração sexual.

Fontes: ONU e CNN Brasil

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