Pescador faz sucesso com peixe raro ‘do próprio tamanho’ fisgado em SP

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Pescada-amarela foi capturada em Guarujá, no litoral de São Paulo. Segundo biólogo, espécie é rara nesta região.

Por João Amaro, G1 Santos

Um pescador de Guarujá, no litoral de São Paulo, chamou a atenção nas redes sociais ao publicar o resultado de sua pescaria. Após capturar uma pescada-amarela, com mais de 1,5 metro de comprimento, ele não só exibiu o feito como, também, comemorou o recorde.

A captura ocorreu em alto mar, entre as praias do Perequê e Iporanga. Segundo Leandro Pereira, de 34 anos, a aparição ocorreu logo no início da prática, conhecida como pesca de mergulho de apneia, que dispensa cilindros de oxigênio e usa uma espécie de arpão para a captura.

Pescada-amarela atingiu tamanho incomum, com 21,5kg e 1,60 de comprimento — Foto: Leandro Pereira/Arquivo Pessoal

“Caí na água como faço rotineiramente, há 20 anos, na direção de sempre. Primeiro, peguei um robalo grande. Depois, no segundo mergulho, vi a pescada”, contou. Pereira diz ter ‘assustado’ o peixe em baixo d’água.

“Como pescamos há muito tempo, temos um controle de respiração e, com isso, os batimentos ficam mais tranquilos. Mas quando o vi, meu coração disparou. Acho até que ele percebeu. Mas tive sorte de um bom disparo”.

As fotos não o deixam mentir: enorme, a pescada-amarela pesava aproximadamente 21,5Kg, e tinha mais de 1,5 metro de comprimento. “Quase da minha altura. O pessoal ficou doido quando viu”, comemora.

O peixe é da espécie Cynoscion-acoupa. O tamanho, que de fato é incomum, é causado por conta dos poucos predadores no ambiente em que costuma ficar no oceano.

“Eles são vendidos para restaurantes por conta do tamanho. Sem concorrência de predadores e disponibilidade de alimentos em alto mar, ele acaba tendo um ambiente favorável para crescimento. Exemplares como esse são raros”, explica o biólogo Carlo Magenta.

Leandro Pereira ao lado do resultado da pescaria, no mar de Guarujá, SP — Foto: Leandro Pereira/Arquivo Pessoal

A raridade foi confirmada por Pereira, que diz ter começado a ver peixes do tipo há pouco tempo. “De dois anos para cá, apenas. No ano passado, vi um desses grande, mas esse foi com certeza foi o maior”, diz ele, que não esconde a felicidade do feito.

“São 20 anos pescando. Criei minha família, construí minha casa com o dinheiro da pesca. Agora meu filho está começando a mergulhar comigo. Ter um privilégio como esse, ainda mais pescando usando um método tradicionamente caiçara, é muito bom”, finaliza.

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