Tese de doutorado da pesquisadora Ângela Giovana Batista aponta ainda que eles também têm bom desempenho para memória e o aprendizado.
esquisa da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp aponta que a jabuticaba e o jambo-vermelho têm propriedades que podem prevenir doenças crônicas, além de melhora no aprendizado e memória.
A tese de doutorado foi desenvolvida pela pesquisadora Ângela Giovana Batista, com orientação dos professores Mário Roberto Maróstica Júnior e Maria Alice da Cruz Höfling.
Desde 2008, o grupo de pesquisas “Compostos Bioativos, Nutrição e Saúde” da universidade já vinha estudando frutas vermelhas e suas propriedades medicinais.
Sobre a jabuticaba, a nutricionista ressaltou em entrevista ao G1 o fato da casca não ser muito aproveitada na culinária e ter compostos significativos à saúde.
“A jabuticaba é um fruta muito apreciada pelo sabor adocicado da sua polpa, porém a casca é muitas vezes descartada durante o consumo e não incorporada em preparações culinárias.[..] Eu participo do grupo desde 2011, e em meu mestrado obtivemos achados importantes, indicando compostos antioxidantes ativos (antocianinas e elagitaninos) na casca seca da fruta com propriedades benéficas à saúde. E por isso decidimos continuar a pesquisa no doutorado”, explica Ângela.
Os estudos de doutorado apontaram que o uso da jabuticaba pelo período de dez semanas em animais preveniram os marcadores da obesidade.
“De forma mais acentuada que a ingestão de jambo, a casca da jabuticaba mostrou maior potencial de prevenção das doenças advindas com a obesidade”, descreve ela.
Sobre o jambo-vermelho, a pesquisadora pontua se tratar de uma fruta tropical pouco conhecida no Brasil, com produção alta em sua safra, mas pouco comercializada. A casca é vermelha e a polpa tem sabor ácido e adocicado.
“No intuito de valorizar o consumo desta fruta, fizemos testes preliminares e detectamos compostos importantes para a saúde, como fibras alimentares, e compostos antioxidantes (que também estão presente na jabuticaba) como as antocianinas (pigmento vermelho, natural de algumas plantas) e taninos. Foi a partir destes resultados que decidimos utilizá-la em outros testes para verificar se estes compostos mostraram efeitos para a saúde e assim promover o seu consumo”, destaca Ângela.
Ainda sobre o jambo, a pesquisadora da Unicamp revela que baseados na composição química e nutricional, a casca e a polpa foram secas e incorporadas em dietas com baixa e alta concentração de gordura nos animais.