Pesquisa do Icesp indica tipos de tumores mais tratados por pacientes

Drip on the background a hospital corridor
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Números são referentes às pessoas que realizam o tratamento oncológico no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo.

Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), ligado ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e à Secretaria de Estado da Saúde, identificou o perfil dos tipos de tumores tratados na instituição, entre homens e mulheres. De acordo com o levantamento, em relação ao total de pacientes ativos até dezembro de 2018, 56% representam o público feminino e 44%, o masculino.

O tipo de câncer mais prevalente nas mulheres é o de mama, com 27,4% dos casos. O segundo é o colorretal (7,4%), com o câncer de tireoide (3,6%) em terceiro lugar e, em quarto, o de pele (2,7%). Os quatro configuram 23% do volume de atendimentos de todo o Icesp.

Entre os homens, o câncer de próstata é o mais comum, com 27,3% dos tratamentos. Em segundo lugar, ficou o câncer colorretal (8,4%). O terceiro mais prevalente é o de pele (3,5%), enquanto o de bexiga (3%) é o quarto. Esses tipos de tumores equivalem a 19% entre todos os outros.

“Os números apresentados são referentes aos pacientes que fazem tratamento oncológico no Icesp. Os dados não representam o ranking de incidência do câncer no Brasil, porém o levantamento nos permite observar qual é a população dentro da nossa instituição, considerada uma das maiores na América Latina”, salienta a diretora da Oncologia Clínica, Maria Del Pilar Estevez Diz.

Resultados

Sobre a faixa etária dos gêneros, constatou-se que as pacientes abaixo de 59 anos, dentro dos quatro cânceres femininos citados acima, significam 47% do total. Já no grupo masculino, o número é menor, com apenas 22%.

A médica também explica que tumores apontados no relatório, como colorretal, pele e bexiga, podem, em alguns casos, ser prevenidos com mudanças de hábitos. Uma alimentação balanceada, rica em fibras, verduras e legumes, sem excesso de açúcar, gorduras e industrializados, pode ser um ótimo agente contra o desenvolvimento do câncer.

Além da dieta, Maria Del Pilar Estevez Diz reforça a importância da prática de atividades físicas semanais e lembra sobre o mal causado ao organismo pelo cigarro. Outra dica indispensável é sobre o consumo de bebidas alcoólicas, que, quando somado ao fumo, pode dobrar os riscos à saúde.

Quanto ao câncer de pele, a orientação dos profissionais é o uso de filtro solar ao ar livre e em ambientes fechados também. Evitar exposição ao sol entre 10h e 16h, usar chapéus ou bonés com abas largas também pode ajudar na proteção. É importante que as pessoas, ao notar qualquer mudança no corpo, procurem ajuda de profissionais.

“A doença é mais comum em pessoas de pele clara, com mais de 40 anos. O surgimento está diretamente ligado à exposição prolongada ao sol, principalmente sem a proteção adequada”, explica o dermatologista Eugênio Pimentel.

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