Pesquisadores da UFSCar de criam uma nova variedade de pimenta, “neta” da ‘Biquinho’ em Araras, SP

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Ela ganhou o nome de Maria Bonita e é maior que a “avó”, levemente ardida e adocicada.

Pesquisadores do campus de Araras (SP) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) criaram uma nova variedade de pimenta que foi batizada de Maria Bonita. A base foi a pimenta Biquinho, uma das mais consumidas no Brasil, que passou por cruzamentos para um melhoramento genético.

Segundo os pesquisadores, a nova pimenta une características que agradam tantos agricultores quanto consumidores. A pimenta Biquinho foi cruzada com outra variedade chamada Pitangão, que é da Amazônia e tem esse nome porque seu formato lembra uma pitanga.

Eles usaram um banco de sementes da universidade, formado desde a década de 1970, que conta com mais de 400 variedades de pimenta e uma estufa onde foram plantadas diversas variedades.

O cruzamento deu origem a uma semente híbrida que foi cruzada várias vezes até chegar nas características desejadas pelos pesquisadores. Por isso, os pesquisadores consideram a Biquinho a avó da Maria Bonita.

“Nos fizemos esse cruzamento há cinco ano e de lá para cá fizemos inúmeros ciclos de seleção e testes para chegar a uma pimenta mais pura que a gente chama de linhagem”, explicou o pesquisador da UFSCar, Fernando Sala.

O trabalho levou cinco anos para ser concluído. “De vários cruzamentos, foram para frente cinco e destes cinco chamou a atenção a Maria Bonita, que aliou varias características que agradam não só o cliente, mas o agricultor e processamento”, afirmou a engenheira agrônoma Marcela Martinez.

Para Sala, a Maria Bonita promete agradar: “Ela tem um fruto maior, que facilita a colheita e reduz a mão de obra que é cara na produção da pimenta. Tem a polpa espessa, fruto mais liso, cor brilhante e o diferencial é que ela tem um suave ardor e ao mesmo tempo é adocicada.”

Além disso, cada pé chega a produzir até 12 quilos, o que representa mais do que o dobro da produção de um pé de Biquinho. As sementes da Maria Bonita já estão sendo produzidas em larga escala em uma fábrica em Jaguariúna. Este ano devem ser produzidas de 10 a 15 quilos. (Com informações do Bom dia Cidade)

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