Acadêmicos de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul debateram possíveis parcerias entre instituições de ensino.
A Universidade Estadual Paulista (Unesp) recebeu, no campus da cidade de São Paulo, o simpósio “A Parceria BRICS na Nova Revolução Industrial: Missão, Caminho e Modelo”, em conjunto com a Universidade Fudan, da China. O evento, promovido na última semana, debateu a Quarta Revolução Industrial, provocada pelas novas tecnologias, conhecida como “Indústria 4.0”.
Na ocasião, pesquisadores do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, grupo que forma o grupo conhecido como BRICS, sob a presidência temporária dos chineses, destacaram a importância das universidades na construção da cooperação entre os países membros do bloco formado pelos países emergentes.
“O BRICS é algo estabelecido no cenário mundial e a cooperação no desenvolvimento da ciência entre essas nações será feita pelas universidades. Por isso, é muito importante incluir a Unesp nesse movimento”, salientou o professor José Celso Freire Júnior, assessor-chefe da Assessoria de Relações Externas da instituição de ensino.
“O papel da universidade no desenvolvimento da cooperação entre os países é muito especial. Essas instituições estão fornecendo um dos pilares mais importantes para impulsionar a pesquisa e a cooperação em inteligência entre os países, porque incentiva pesquisadores e acadêmicos de diferentes universidades do BRICS a se unirem em comunidades acadêmicas para compartilhar ideias e conhecimento de pesquisa conjunta”, disse o professor Shen Yi, diretor do Centro de Estudos para os BRICS da Universidade Fudan.
Cooperação
O docente José Celso Freire Júnior também destacou a importância do evento para as comunidades acadêmicas participantes. “O envolvimento dos BRICS representa uma nova maneira de cooperação entre as nações e acredito que temos muitas coisas para mostrar, como os países podem cooperar em um novo ambiente internacional”, acrescentou.
“As universidades estão olhando para o futuro e acho que, ao olharem para o futuro, podem apontar algumas áreas potenciais de cooperação, áreas potenciais de desenvolvimento, que podem aprimorar o relacionamento entre os países e melhorar o desenvolvimento de todas essas nações”, afirmou o professor Luís Antônio Paulino, diretor do Instituto Confúcio, da Unesp.
“Acho que as instituições de ensino têm um papel importante a desempenhar no mundo global. Primeiro, em termos de geração de conhecimento; em segundo lugar, em termos de troca e de interconexão entre comunidades, universidades e formuladores de políticas. Na Índia, as universidades como a minha têm desempenhado um papel muito importante no sentido de influenciar as políticas das comunidades indianas e até sobre o pensamento político do país”, revelou o professor Mahendra Prasad Lama, da Escola de Estudos Internacionais da Universidade Jawaharlal Nehru, da Nova Deli, na Índia.
