O equipamento é um sensor baseado na tecnologia das microbalanças de cristal de quartzo
Pesquisadores do grupo BioPol, dos Departamentos de Química e de Bioquímica e Biologia Molecular da Universidade Federal do Paraná (UFPR) desenvolveram o imunochip, uma tecnologia que viabiliza o diagnóstico da Dengue de maneira mais rápida e barata do que o método tradicional utilizado atualmente.
O equipamento é um sensor baseado na tecnologia das microbalanças de cristal de quartzo e é capaz de detectar a presença de moléculas do antígeno NS1 para a Dengue no soro sanguíneo. Assim, o exame não revela o vírus, mas a defesa, os anticorpos que o corpo produz para combatê-lo. A pesquisa que deu origem ao método foi desenvolvida por Cléverton Luiz Pirich, durante seu doutorado na UFPR.
“Então, basicamente é assim. A gente utiliza o equipamento que ele, basicamente, pesa moléculas na superfície. No caso, a gente revestiu essa superfície para interagir só com moléculas que dariam uma pista da presença do vírus, ou uma pista que o sangue da pessoa estaria infectado.”
Segundo Cléverton, uma das principais vantagens do uso do equipamento é a agilidade do diagnóstico. O imunochip identifica se a pessoa está com Dengue, segundos após ser acionado.
“O próprio equipamento, por essa alteração de frequência, identifica de forma instantânea. Vejamos, se uma molécula for pesada e se ligar na superfície, a partir do primeiro segundo, se tiver essa frequência, o equipamento já mostra, já que ele fica monitorando em tempo real essa vibração. Então, se acontece essa ligação, logo no primeiro segundo o equipamento já mostra, tá alterado. E essa alteração, ela pode ser relacionada com o reconhecimento. Então, pode ser relacionada com o diagnóstico qualitativo de sim, ou não. Se a pessoa tem ou não tem aquele vírus, aquela doença.”
A prevenção é a melhor forma de combate. Qualquer lugar que acumule água parada e limpa é um possível foco de proliferação do mosquito transmissor da Dengue. Se visualizar algum local desse jeito, limpe e retire a água. Faça a sua parte. Participe também e lembre-se de que um mosquito pode prejudicar uma vida. E o combate começa por você.
Para mais informações sobre o assunto, acesse: saude.gov.br/combateaedes.
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