Aeronave desembarcou no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, às 4h39. Remessa corresponde ao 17º lote do segundo contrato com o Ministério da Saúde.
A farmacêutica americana Pfizer entregou, na madrugada desta quarta-feira (10), mais 1,7 milhões de doses da vacina contra Covid-19 ao Brasil. A aeronave desembarcou no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), às 4h39.
A remessa corresponde ao 17º lote do segundo contrato com o Ministério da Saúde, que prevê o envio de 100 milhões de imunizantes ao Brasil. O acordo deve ser finalizado até o dia 31 de dezembro. A entrega estava prevista para sexta-feira (12), mas foi antecipada.
Até agora, 33 milhões de doses do segundo contrato com o governo federal foram enviadas pela empresa. O primeiro acordo, também com 100 milhões de vacinas, foi finalizado em outubro.
As vacinas enviadas ao Brasil são produzidas em duas fábricas nos Estados Unidos, Kalamazoo e McPherson, além de uma fábrica na Europa, em Puurs na Bélgica – veja processo da fabricação ao despacho no vídeo abaixo.
Os imunizantes são descarregados em Viracopos e enviados para o centro de distribuição do Ministério da Saúde, em Guarulhos (SP), sob escolta da Polícia Federal (PF).
Primeiro contrato
A farmacêutica americana encerrou a entrega das 100 milhões de doses previstas no primeiro contrato no dia 5 de outubro. O envio da última remessa do primeiro acordo ocorreu com atraso, após o voo com 1,1 milhão de imunizantes ser remanejado por “questões logísticas”.
A Pfizer utilizou o Aeroporto de Viracopos para todas as entregas ao Brasil até agora. A primeira remessa geral teve 1 milhão de doses e foi recebida pelo país em 29 de abril, em cerimônia que contou com a presença do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
A logística de entrega das doses ao governo federal conta com apoio da Receita Federal, Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal.
Ainda no terminal de Viracopos, equipes da Receita desenvolveram um processo chamado desembaraço sobre nuvens, que permite a antecipação da conferência e liberação da carga – o processo entre a abertura da porta de carga do avião e liberação do caminhão ocorre em até 20 minutos.
Histórico
A vacina da Pfizer/BioNTech chegou a ser alvo de recusa e polêmicas dentro do governo federal. Ainda no ano passado, três ofertas formais para venda de 70 milhões de doses foram feitas pela empresa e ficaram sem resposta do Ministério da Saúde.
Também em dezembro de 2020, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, descartou a compra da vacina por causa da exigência de armazenamento em baixas temperaturas.
A vacina foi a primeira a obter registro sanitário definitivo pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em fevereiro deste ano.
O imunizante pode ser aplicado em pessoas a partir de 12 anos de idade, em duas doses, com intervalo de 21 dias entre elas. A vacina é a única que pode ser aplicadas em menores de 18 anos no Brasil.
Inicialmente a autorização da Anvisa permitia o uso a partir de 16 anos. Mas o órgão autorizou a mudança na bula da vacina no país. Entretanto, ainda não há perspectivas de vacinação dessa faixa etária no Brasil.
A ampliação da idade em adolescentes foi aprovada depois de a Pfizer apresentar estudos que indicaram a segurança e eficácia da vacina para este grupo. Os estudos foram desenvolvidos fora do Brasil e avaliados pela agência.