Polícia Civil determina indiciamento de professor de igreja pelo estupro de 7 crianças

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Delegado diz ter convicção jurídica e elementos suficientes da autoria do crime por Marcos Bueno Ribeiro, de 41 anos; dois inquéritos foram encaminhados para Monte Alegre do Sul (SP).

A Polícia Civil de Amparo (SP) determinou o indiciamento do professor de religião Marcos Bueno Ribeiro, de 41 anos, pelos crimes de estupro de vulnerável contra sete crianças. Das nove vítimas identificadas pelos investigadores, duas teriam sido abusadas em um acampamento religioso em Monte Alegre do Sul (SP), e os inquéritos foram enviados à delegacia da cidade.

“O indiciamento já foi determinado. Existe a convicção jurídica de que houve o crime, e entendo que existem elementos suficientes de autoria. Agora o indiciamento será feito em Sorocaba, na presença do investigado”, explica Fernando Ramon Petrucelli Moralez, delegado titular de Amparo.

Ribeiro atuava na evangelização de crianças e adolescentes na 1ª Igreja Batista de Amparo e cumpre prisão preventiva desde 20 de setembro. Ao ser preso, o professor confessou que abusou de oito vítimas – uma nona garota apareceu após ver a notícia da prisão do suspeito.

Meninas entre 8 e 12 anos

À Polícia Civil, Ribeiro disse que entrou na igreja em 2002, mas que os crimes contra as garotas foram praticados nos últimos três anos.

De acordo com a delegada Leise Silva Neves, o professor explicou que os crimes ocorriam “sempre que tinha a oportunidade de ficar sozinho com as vítimas” e que escolhia meninas entre 8 e 12 anos “pelo fato delas não terem entendimento do ocorrido”, o que evitaria a delação do crime às famílias.

“Ele disse que abusava dessas crianças porque elas não tinham conhecimento, então elas não iriam delatar às famílias o que ele fez. Seria mais fácil ter o controle. Ele falava que naquela hora, naquele medo, tudo favorecia o silêncio”, disse Leise.

Após ser preso, o professor foi encaminhado para a cadeira de Serra Negra (SP), mas depois foi transferido para uma unidade prisional em Sorocaba (SP), onde a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) mantém condenados e suspeitos de crimes sexuais.

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