Polícia Civil esclarece caso da morte da jovem Tiffany

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O crime é cercado de muitas histórias e os investigadores da Polícia tiveram trabalho para “encaixar” cada peça dessa trama.

A equipe do delegado Marcel Fehr, da Polícia Civil de Várzea Paulista, esclareceu o caso da morte da jovem Tiffany Gabriele Jesus Silva, de 18 anos, moradora no Centro de Jundiaí (SP) e assassinada na noite do sábado, dia 17 de fevereiro.

O crime é cercado de muitas histórias e os investigadores da Polícia tiveram trabalho para “encaixar” cada peça dessa trama.

De acordo com o que foi apurado pela equipe do delegado Marcel Fehr, tudo começou com uma adolescente de 15 anos que morava na mesma pensão de Tiffany.

A menina conhecia um funcionário da Prefeitura de Várzea Paulista, que tinha uma Amarok e deu a entender para a garota que possuía alguns recursos financeiros.

A jovem de 15 anos combinou com a amiga uma emboscada, para sequestrar a vítima.

Junto com um namorado, que já tinha passagens criminais, acertaram de marcar encontro com esse funcionário entre o Cidade Nova 2 e o Jardim América, em Várzea Paulista.

Segundo a adolescente, uma dica para os comparsas realizarem a abordagem ao funcionário da Prefeitura seria jogar o telefone celular ao chão. Assim, três homens simulariam assalto e sequestro.

O que o grupo não contava é que a vítima da Amarok estava armada com um revólver. Houve luta corporal com os bandidos e o revólver disparou, acertando Tiffany no peito.

Assustado, o motorista fugiu do local – conforme relatos das testemunhas -, e buscou atendimento médico no Hospital São Vicente de Paulo, em Jundiaí, porque sofreu golpes de coronhadas na cabeça por parte dos bandidos que estavam com Tiffany e a adolescente de 15 anos.

Esse funcionário ficou internado até a noite de segunda-feira, dia 19. Quando saiu do São Vicente procurou o delegado Marcel Fehr, para contar a sua versão do caso.

Emboscada

A adolescente contou ao delegado Marcel Fehr que conhecia o funcionário da Prefeitura e chamou Tiffany para participar do roubo à vítima.

O delegado disse que se a jovem Tiffany não tivesse morrido, também seria indiciada por tentativa de latrocínio, ou roubo e sequestro, como era a intenção do grupo.

“Nós aconselhamos as vítimas a nunca reagirem. Mas esse funcionário, se não tivesse reagido, ele estaria morto a essas horas”, disse Fehr.

O delegado conta que a peça fundamental para esclarecer o crime foi a apreensão da menina de 15 anos, que vivia na mesma pensão que Tiffany.

A jovem contou tudo e deu os nomes dos comparsas. Foram presos em Várzea Paulista: Alexandre Henrique Correa, Alan de Oliveira Ferreira e Anderson da Silva.

Durante as investigações o delegado foi informado que dois dos homens foram em direção da Amarok, no sinal de Tiffany, quando ela jogou o celular no chão.

Houve luta corporal e um dos integrantes do bando tentou disparar um tiro de pistola contra o dono da Amarok, mas a arma falhou.

O funcionário da Prefeitura teria usado a própria arma e atirou contra os bandidos, sendo que a perícia vai determinar qual a trajetória do disparo, já que matou a jovem Tiffany.

O funcionário da Prefeitura passou por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) de Várzea Paulista e agora vai aguardar decisão da Justiça sobre o caso.

Como ele figura como vítima, o juiz pode analisar o caso como tentativa de latrocínio, aplicando as devidas penas para cada integrante do bando. Não haverá necessidade de levar o caso para Júri Popular.

Os amigos mais próximos de Tiffany se surpreenderam com o caso.

Moradores do Jardim América contaram que acordaram assustados na madrugada desta segunda-feira (26), quando chegaram várias viaturas da Polícia Civil e da Guarda Municipal. Eles falaram que nunca viram tantas viaturas. Era a operação realizada pelo delegado Marcel Fehr, para prender os três envolvidos no crime.


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