Polícia Civil identifica dois suspeitos de matar travesti e Justiça decreta prisão temporária

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Corpo de Bruna Torres, de 26 anos, foi encontrado no dia 15 de setembro às margens da SP-215. Ela vivia na pensão de um dos suspeitos e tinha uma dívida de R$ 800, segundo testemunhas.

A Polícia Civil de São Carlos (SP) identificou duas pessoas de Araraquara suspeitas de envolvimento no assassinato da travesti Bruna Torres, de 26 anos, no último dia 15 de setembro.

A Justiça decretou na sexta-feira (20) a prisão temporária de 30 dias de Caio Augusto Rodrigues Oliezer, de 25 anos, e Tiago Augusto Chiareli, que também é travesti e conhecida como Tamires ou Tamy, de 30.

Ambos não foram encontrados nesta segunda-feira (23) e são considerados foragidos.

Investigação

Segundo a Polícia Civil, a suspeita de envolvimento de Tamires e Oliezer aconteceu após depoimentos e da identificação de objetos dos dois encontrados junto ao corpo da vítima.

Tamires era dona de uma pensão que abrigava profissionais do sexo, no bairro Vila Furlan, em Araraquara. Oliezer tinha um relacionamento com Tamires, segundo a polícia.

Segundo testemunhas, Bruna estava hospedada no local e tinha uma dívida de R$ 800 com a dona. O último contato dela e dos suspeitos com as testemunhas foi no dia 14 de setembro, por volta de 21h.

Vizinhos relataram que na madrugada do dia 15 ouviram discussão e barulhos na casa. O carro do casal teria deixado o local e a vítima foi encontrada morta no dia seguinte.

Buscas em pensão

Com mandados de busca e apreensão, policiais civis, sob o comando do delegado Gilberto de Aquino, foram até a pensão e a encontraram fechada.

Os policiais entraram na casa e encontraram fios de cabelo e manchas de sangue em alguns cômodos. Foram apreendidos objetos e documentos que foram encaminhados ao Instituto de Criminalística de Araraquara.

A polícia também fez buscas no antigo endereço da pensão, no bairro Jardim Imperador.

Corpo encontrado

O corpo de Bruna, que era profissional do sexo, foi encontrado com as mãos e os pés amarrados no dia 15 de setembro, às margens da SP-215, por funcionários do Departamento de Estradas e Rodagem (DER) que acionaram a Polícia Rodoviária.

A vítima estava com o pescoço quebrado e apresentava sinais de violência no rosto, com hematomas na região dos olhos e sangramento pela boca e nariz.

Bruna nasceu em Manaus e amigos se reuniram para pagar R$ 6 mil do traslado do corpo. Segundo a família, ela não tinha inimigos declarados e nunca reclamou de ameaças.

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