Polícia Civil identifica os 3 suspeitos da morte de policial rodoviário e aponta latrocínio em Rio Claro, SP

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Segundo o delegado da DIG, Alexandre Sokolovisk, a investigação concluiu que homens queriam roubar “motos potentes e caminhonetes”. Dois foram presos e um está foragido.

A Polícia Civil de Rio Claro (SP) informou, na manhã desta sexta-feira (22), que os três suspeitos de participarem da morte do policial rodoviário Luis Fernando Bortolotti Garcia, no início de novembro, foram identificados e que a investigação concluiu que o caso se tratou de um latrocínio, que é o roubo seguido de morte.

Dois dos suspeitos foram presos: um em Rio Claro na semana do crime e outro em Cianorte (PR) na madrugada de quarta-feira (20). O terceiro suspeito está foragido.

Policial é morto por dois homens encapuzados em Rio Claro — Foto: Arquivo Pessoal

Investigação

O crime começou a ser desvendado logo após a morte do policial. Segundo o delegado da DIG de Rio Claro, Alexandre Sokolovisk, no mesmo a polícia abordou um carro com as mesmas características do veículo que aparece em filmagens de câmeras de segurança que flagraram a morte do policial.

Os policiais fizeram o comparativo com as imagens e constataram ainda que o veículo estava com a porta amassada, a roda traseira sem calota e a lanterna esquerda queimada. Eles então fizeram buscas por diversas casas do proprietário do carro.

“Em uma das residências foi encontrado um celular, onde tinham áudios, vídeos e fotos que confirmaram que os três [suspeitos] iriam cometer um crime naquele mesmo dia, hora e lugar”, explicou.

Carro usado no dia da morte do policial rodoviário em Rio Claro — Foto: Pedro Spadoni/G1

Latrocínio

De acordo com o delegado, a intenção dos homens era roubar uma caminhonete que estava estacionada na mesma rua, mas, segundo relatado pelos suspeitos à polícia, o dono do veículo demorou para chegar e eles resolveram abordar o policial.

“Eles tinham interesse em caminhonetes e motos potentes para levar para São Paulo. Eles aguardavam a chegada do dono da caminhonete por cerca de 40 minutos e, nesse intervalo, o policial chega a sua residência e é abordado por eles”, disse.

Segundo Sokolovisk, a vítima estava com a arma no momento do crime e ela também foi levada pelos suspeitos. O delegado não informou se Garcia se identificou como policial ao ser abordado pelos criminosos.

O primeiro suspeito a ser preso seria o motorista do carro. Ele morava com o dono do veículo , que não teve participação no crime, mas chegou a ser detido para prestar esclarecimentos e ele confirmou a participação do colega no crime como motorista da dupla, segundo a Polícia Civil.

O outro suspeito foi preso em Cianorte e confessou a participação no crime aos policiais. Segundo o inquérito, ele teria sido responsável por segurar Garcia durante o latrocínio. O homem que atirou no policial ainda não foi encontrado.

Policial foi baleado quando chegou em casa em Rio Claro — Foto: Reprodução/EPTV

Crime

O cabo Garcia foi baleado em frente a sua casa, no bairro Jardim Inocoop, quando chegava do trabalho em uma moto, na noite de 5 de novembro. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que ele foi abordado por dois homens.

No vídeo, ele abre o portão da garagem e, quando volta para a moto, um dos bandidos aponta uma arma. O outro segura o policial pelas costas e arrasta a vítima. Logo depois, os vizinhos ouviram os tiros.

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