Dono de sítio em São Roque (SP) tinha 71 anos e foi torturado por quatro homens que invadiram a propriedade na quarta-feira (28).
A Polícia Civil indiciou por tortura e latrocínio o roubo seguido de morte os quatro homens que raptaram no dia 28 um aposentado no sítio, em São Roque (SP). Paulo Afonso Rodrigues, de 71 anos, foi morto em um matagal com um revólver calibre 38 que tinha na casa.
De acordo com a investigação, o caseiro da chácara e outros três homens foram detidos, confessaram o crime e tiveram as prisões decretadas. Outra pessoa também é investigada pela polícia.
Paulo Afonso estava em um sítio no bairro Portal do Carmo quando os criminosos invadiram o local, onde ficaram por cerca de duas horas. Ele foi agredido e teria reconhecido um dos autores.
Ainda segundo a polícia, uma arma que o aposentado tinha no imóvel foi levada pelo grupo, que sequestrou o aposentado e fugiu no carro dele levando objetos da casa e cerca de R$ 900 em dinheiro.
À polícia, os quatro homens disseram terem usado o revólver de Paulo Afonso para matá-lo – ele foi assassinado na zona rural de Ibiúna (SP). A arma foi encontrada em um ponto de ônibus da cidade e partes dos objetos foram encontrados escondidos no mato.
De acordo com o delegado Marcelo Apolinário, responsável pelo caso, o crime era inicialmente investigado como roubo e sequestro. Na primeira versão, o caseiro, que tem 27 anos, contou à polícia ter sido rendido e amarrado com cadarços após o assalto.
Contudo, segundo a Polícia Civil, os investigadores descobriram que o caseiro conhecia os três criminosos – que têm 18, 20 e 22 anos – aos quais passou informações sobre a rotina do dono do sítio. O caseiro havia sido contratado dois meses atrás. Paulo Afonso Rodrigues morava na capital paulista, era casado e tinha três filhas.
Divergências nos depoimentos
Os investigadores chegaram ao grupo de criminosos por conta de divergências nos depoimentos. Um deles apontou o local onde estava o corpo e levou os policiais à área. O carro do aposentado foi encontrado abandonado em Cotia (SP).
O sítio também passou por perícia e, depois, foi liberado para a família da vítima. O corpo de Paulo Afonso Rodrigues foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) e enterrado na capital.