Polícia Civil investiga morte de jovem e desaparecimento de motorista de aplicativo em Rio Claro, SP

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Corpo da empregada doméstica Ana Talita da Silva, de 19 anos, foi encontrado na noite de domingo (8) próximo ao distrito de Assistência.

A Polícia Civil de Rio Claro (SP) investiga o assassinato de uma jovem de 19 anos e o desaparecimento de um motorista de aplicativo. Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (9), delegado seccional Paulo Henrique Nabuco de Araújo disse que ainda é prematuro afirmar se os caos têm relação.

O corpo da empregada doméstica Ana Talita da Silva foi encontrado na noite de domingo (8) próximo ao distrito de Assistência. A vítima, que nasceu em Ipeúna e morava em Rio Claro, estava desaparecida desde sábado (7) quando pediu um carro de aplicativo para ir ao supermercado.

O pai da vítima, Valdair Amaro da Silva, contou que a filha costumava fazer serviços externos para a patroa. No sábado, ela saiu para ir buscar uma encomenda e depois passaria no mercado. Para isso, solicitou o serviço de aplicativo ao motorista que já era conhecido da patroa.

“Ela já tinha recebido o dinheiro do pagamento. Ela andava com o cartão da patroa e só ela sabia a senha porque era de confiança”, contou o pai.

Carro encontrado

Na manhã de domingo, a polícia encontrou o carro do motorista de aplicativo próximo ao local onde estava o corpo de jovem. O veículo pertence a Rodrijes Dragone Spiller, de 36 anos, que está desaparecido desde a noite de sábado, contou a mãe dele.

“Ele saiu de casa antes das 20h para namorar, mas meia hora depois ela [a namorada] veio bater em casa porque ela estava pronta para sair e ele não apareceu”, disse a mãe, que preferiu não se identificar.

A mãe, que abriu o carro com a chave reserva, disse que o veículo estava fechado, sem vestígios de sangue. O banco do lado passageiro estava puxado para a frente e o boné do motorista estava na parte de trás.

Questionada se o filho conhecia a jovem que foi encontrada morta, a mãe disse que não sabe. “Ele nunca falou nada sobre essa moça. Se conhecia, é de fazer corrida para a patroa dela. Mas ele nunca falou nada para mim”, afirmou a mãe.

“A mãe dela me ligou, eu me aproximei para conversar, mas ela estava muito nervosa, acho que com raiva de mim, pensando que foi meu filho quem matou”, completou a mãe do motorista.

Investigação

Para o delegado seccional, ainda não é possível dizer se é um caso de um latrocínio ou um homicídio.

“O que nós temos é que a moça foi encontrada vítima de um homicídio e ele ainda não. Então não podemos fazer nenhuma afirmação no sentido de que ele é autor de qualquer crime. No momento, ele pode ser vítima tão quanto ela”, disse o delegado.

A mãe do motorista contou que o filho estava viciado em jogos de azar e devia R$ 2 mil a um agiota. “Eu pensava que era drogas, mas tive uma conversa, ele chorou e falou que estava devendo”, disse.

O pai da jovem morta quer saber se esse fato tem relação com o assassinato ou se o motorista é o autor. “Se tivesse sido isso, era para ter morrido os dois. Enquanto não achar ele, a gente não vai ter sossego para saber se ele realmente está morto ou se foi ele quem matou minha menina”, disse.

O velório da jovem será em Ipeúna a partir das 13h30 e o enterro está marcado para as 17h.

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