Polícia Civil não descarta participação da deputada Flordelis no assassinato de marido

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O crime ocorreu no dia 16 de junho deste ano. 

As investigações para apurar o assassinato do pastor Anderson do Carmo de Souza, marido da deputada federal Flordelis dos Santos (PDS-RJ) não terminaram, apesar do inquérito policial ter sido concluído. O crime ocorreu no dia 16 de junho deste ano. 

A investigação inicial foi entregue na quarta-feira (14) ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro e pede a acusação de Flávio dos Santos Rodrigues e Lucas Cezar dos Santos de Souza, filhos do casal, por homicídio qualificado, quando há intenção de matar. 

Durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (15), a delegada responsável pelo caso, Bárbara Lomba, titular da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí, afirmou que o encerramento da primeira parte da investigação aconteceu por uma questão processual, pois o prazo da prisão provisória dos suspeitos venceu. Flávio e Lucas foram presos quatro dias após o crime. 

“Nós precisamos concluir o inquérito policial porque entendemos que eles precisam continuar custodiados em caráter cautelar. Esse foi o pedido da Polícia Civil ao judiciário, a prisão preventiva deles foi pedida, porque entendemos que há razões, os pressupostos legais estão presentes para que eles continuem presos preventivamente. Isso nos fez ter que encerrar este inquérito policial”, disse a delegada. 

Segundo Bárbara, outro inquérito foi estabelecido para continuar as investigações. Há suspeitas de que outras pessoas podem ter participado do assassinato.

“A motivação não é individual do Lucas e do Flávio, é uma motivação global, principal, final do crime, que é de quem tinha interesse no homicídio além dos indiciados iniciais. O que há nesta altura da investigação é que a motivação seria por razões financeiras de administração de bens. Essa seria uma das linhas”, revelou Lomba. 

A delegada destacou que outras pessoas podem ser investigadas, inclusive Flordelis. “Há fatos a serem elucidados ainda. A deputada Flordelis faz parte da família, o crime foi cometido no âmbito familiar, então eu não vou dizer que ela já é investigada, mas há uma possibilidade de outras pessoas da família serem investigadas. Não podemos descartar a deputada Flordelis, mas não significa que já há provas”, disse. 

Conforme Lomba, durante depoimento nas investigações, as testemunhas falaram de desavenças na família e Flávio mencionou uma “raiva genérica” por algo que ele sabe, mas que não há provas. “O Flávio relata informalmente, nós notamos que há problemas de relacionamento dentro da família”, apontou a delegada. 

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