Anderson da Cunha Sanches, de 37 anos, morreu após ser internado no HC da Unicamp. Investigação aguarda imagens de câmeras de segurança e laudos.
A Polícia Civil trabalha com duas hipóteses para a morte de um segurança de 37 anos, que trabalhava no Rodeio de Jaguariúna (SP) no último sábado (22). De acordo com a investigação, a chefia de segurança do evento afirmou que Anderson da Cunha Sanches sofreu um mal súbito durante a festa. No entanto, a família diz que ele foi agredido em uma briga. As duas possibilidades serão apuradas.
A vítima foi atendida no Hospital Municipal de Jaguariúna em estado grave, desacordado e com hipertensão. Ele foi transferido ao HC da Unicamp, onde morreu no início da noite de terça-feira (24). O corpo de Sanches será sepultado no Cemitério dos Amarais, em Campinas, na tarde desta quarta (25).
A polícia pediu imagens do circuito de segurança do rodeio que mostram que a vítima sofreu um mal-súbito. A investigação ainda aguarda o laudo do exame necroscópico e dos prontuários médicos dos dois hospitais para concluir as causas da morte. O caso será investigado na Delegacia de Jaguariúna.
A organização do Jaguariúna Rodeio Festival informou, em nota, que “nenhuma ocorrência de briga foi notificada” e que lamenta o ocorrido com o segurança. O evento se colocou à disposição para ajudar nas investigações.
Família sem resposta
Segundo o documento do HC da Unicamp, um exame de tomografia apontou edema e hemorragia cerebrais. Após a retirada da sedação por 42 horas, o paciente seguiu sem reflexos e desacordado. Submetido a protocolos médicos, teve a morte encefálica constatada. Após comunicação da família, a ventilação mecânica foi desligada e o óbito, registrado às 18h50.
“Minha nora recebeu um telefonema de manhã cedo que ele estava passando muito mal no hospital. Desde lá, o médico falou pra mim que ele já estava grave, com sangue no cérebro”, afirma Francisco Mendes Sanches, pai da vítima.
A família diz que ninguém da empresa responsável pela segurança do rodeio fez contato desde o dia do ocorrido. O pai soube que houve uma briga e que o filho teria levado uma pancada na cabeça. Ele estava sem nenhum documento e sem o celular ao chegar para ser internado.
“Trabalhador, gente boa, ajudava minha mãe, meu pai dentro de casa, ele morava lá. Meus pais são idosos. […] A gente vai querer justiça”, diz o irmão Éderson da Cunha Sanches.
O irmão registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil como morte suspeita, relatando que o irmão deu entrada no Hospital de Jaguariúna com ferimentos na cabeça, mas que a circunstância do ferimento é desconhecida. A vítima morava no bairro Vida Nova, em Campinas.