Polícia indicia PM por morte de ex-namorada e pede prisão preventiva dele

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Douglas da Silva Teixeira responde por homicídio qualificado e feminicídio. Ele está preso temporariamente no presídio da PM em São Paulo. Segundo defesa, todos os esclarecimentos foram prestados.

A Polícia Civil de Franca (SP) pediu nesta quinta-feira (16) à Justiça a conversão da prisão temporária em preventiva do policial militar Douglas da Silva Teixeira. Ele foi indiciado pela morte da ex-namorada Thabata Caroline Gonzales Silva e responde por homicídio qualificado e feminicídio.

Procurado, o advogado do policial, Rafael Barbosa, disse que aguarda a decisão e que confia na Justiça. Ele informou que Teixeira prestou todos os esclarecimentos necessários à polícia na fase de inquérito.

Mensagem teria sido enviada do celular de Thabata Caroline Gonzales Silva no mesmo dia em que ela foi achada morta em Franca, SP — Foto: Reprodução

O crime

Thabata foi encontrada morta no dia 18 de novembro. O corpo dela tinha marcas de tiro e estava dentro de um carro estacionado na chácara dos pais de Teixeira, próximo à Rodovia Ronan Rocha.

Segundo a Polícia Civil, o casal estava junto há dois anos, mas em processo de separação porque a relação era conturbada, com desavenças por causa de ciúmes.

Na madrugada do crime, o policial teria saído do serviço por volta das 2h e, na sequência, avisado um colega que “teria feito uma cagada”. A polícia fez buscas, mas não localizou Teixeira.

No dia 17 de outubro, Thabata tinha registrado um boletim de ocorrência contra Teixeira, alegando ter sido agredida por ele. Ela relatou que, após os dois voltarem de uma festa, o homem tentou manter relações sexuais com ela. Ao negar, segundo o depoimento, foi ameaçada com uma arma e agredida no pescoço.

Na época, ela enviou um vídeo para familiares mostrando marcas no pescoço. Os hematomas teriam sido causados pelo policial. Já na noite anterior à que foi achada morta, segundo a família, Thabata enviou uma mensagem de texto à mãe pedindo que ela tomasse conta dos filhos.

“Mãe, cuide bem das crianças, proteja com unhas e dentes, como a mãe maravilhosa que você sempre foi. Gratidão por nossa família. (…) Mãe, busca as crianças assim que você acordar. Eles estão sozinhos e eu não estarei mais aqui”, dizia um trecho.

Thabata Silva, de 34 anos, mostrou marcas de agressão no pescoço um mês antes de ser encontrada morta em Franca (SP) — Foto: Reprodução/ Arquivo pessoal

Prisão temporária

Teixeira se apresentou à polícia um dia após o crime, acompanhado de um advogado. Ele foi levado preso ao Presídio Romão Gomes, em São Paulo, após prestar depoimento.

De acordo com a polícia, ele negou o crime e afirmou que o disparo foi acidental, porque estava tentando evitar que Thabata se matasse com a arma dele. No entanto, laudos periciais descartaram a hipótese de que o tiro foi um acidente. A perícia apontou que Thabata foi morta com um tiro no lado direito da cabeça.

 
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