Polícia Militar salva dois adolescentes que seriam julgados em suposto tribunal do crime

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A Polícia Militar fez a detenção de algumas pessoas e encontrou os dois menores.

Por ACidadeON/SãoCarlos

A Polícia Militar de São Carlos (SP) desmantelou um suposto “Tribunal do Crime” na Rua Jacira Pereira, no Residencial Deputado José Zavaglia.

De acordo com a denúncia feita junto à PM, aparentemente homens ligados a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) se reuniriam no local indicado, durante a noite de quinta-feira (10), para realizar uma espécie de julgamento.

Neste ‘Tribunal’, os integrantes analisam a conduta de outras pessoas, participantes ou não da facção, e decidem a respeito do seu direito de vida e outras consequências às margens da Lei.

Na ocasião, segundo as informações do boletim de ocorrência oriundas da denúncia, dois adolescentes de 13 anos seriam julgados por esse ‘Tribunal’.

A Polícia Militar fez a detenção de algumas pessoas e encontrou os dois menores, os quais alegaram que estariam na casa para participar de um churrasco, inclusive na companhia dos responsáveis.

Todos os demais detidos afirmaram que também estavam ali para participar de um churrasco na casa da “Preta” e do “Edmilson/ Gordo”. Por meio de pesquisa, a Polícia confirmou que a maioria dos envolvidos possui histórico de crimes, com exceção de um dos homens e dos responsáveis pelos adolescentes.

Contudo, uma mulher de 28 anos, também detida, é apontada pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de São Carlos como responsável pela conduta e ‘disciplina’ – uma espécie de controle interno – de integrantes do PCC. Ela é suspeita de mandar matar duas pessoas em 2018, existindo imagens dela ostentando armas. As informações são do registro da ocorrência junto à Polícia Civil do município.

Ao todo, foram detidas 14 pessoas e apreendidos 10 aparelhos celulares para perícia por meio da Polícia Científica. Uma advogada esteve no Plantão Policial durante o registro da ocorrência. A Polícia continua as investigações sobre o suposto “tribunal”, bem como acerca das ações da facção citada em São Carlos. Todos foram ouvidos e liberados.

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