Policiais civis usam faixa preta em sinal de luto; Alckmin diz “é coisa de sindicato”

PUBLICIDADE

Policiais civis de Campinas aderiram à campanha estadual Luto pela Polícia Civil e estão trabalhando com uma faixa preta no braço.

Policiais civis e escrivães de Campinas (SP) aderiram à campanha estadual “Luto pela Polícia Civil” e estão trabalhando com uma faixa preta no braço. O protesto começou na manhã desta segunda-feira (12) em unidades policiais de algumas cidades do Estado, e em Campinas, está sendo realizado em ao menos duas unidades, 1º Distrito Policial, no Botafogo e também na Delegacia de Investigações Gerais (DIG), no Jardim Amazonas.

A ação é uma ação conjunta do Sindpesp (Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo) e da Adpesp (Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo). A intenção é chamar a atenção para as más condições de trabalho dos policiais e também para reclamar dos baixos salários dos policiais civis. As entidades adiantaram que não haverá paralisação e que os atendimentos e os processos de Polícia Civil continuam normalmente. Para o protesto foram produzidas 10 mil faixas pretas distribuídas para policiais que aderiram ao manifesto.

Para incentivar os policiais a participarem da campanha, os presidentes das entidades gravaram mensagens em vídeo que foram distribuídas em grupos de Whatsapp e publicadas nas redes sociais.

O presidente da Adpesp, Gustavo Mesquita Galvão Bueno, afirmou que um delegado de polícia de São Paulo recebe o salário mais baixo do país, comparado a todas as polícias judiciárias dos estados. “A imensa parte das delegacias está em condições ruins, são locais quase insalubres para trabalhar. Viaturas precisam ser consertadas pelos policiais. Tinta e papel para impressora são escassos. Até papel higiênico falta em algumas unidades”, alertou em comunicado. A reclamação de sucateamento da Polícia Civil é antiga. As entidades afirmam que o Estado está sucateando a categoria há 20 anos.

“COISA DE SINDICATO”

O governador do Estado, Geraldo Alckmin, que esteve na região de Campinas (SP) pela manhã para dar início às obras do Corredor Metropolitano Biléo Soares, em Hortolândia, disse em entrevista coletiva que a ação “é coisa de sindicato e por isso é preciso dar um desconto”.

Ele afirmou que reajustou o salário dos policiais. “Demos reajuste de 4% e agora vamos pagar dois bônus importantes. Mo máximo até abril, os valores serão bem maiores do que os anteriores porque os indicadores de segurança melhoraram muito. A região de Campinas era a pior do Estado, agora em janeiro os números melhoraram, graças ao trabalho da polícia. Com isso a polícia atingiu a meta e recebe o bônus. Também demos uma aumento de 50% no auxílio de refeição que passou a ser de R$ 12 reais, antes era R$ 8”, afirmou o governador.


Tem uma sugestão de reportagem? Nos envie através do WhatsApp (19) 99861-7717.

PUBLICIDADE
PLÍNIO DPVAT