Carlos Alberto Ribeiro se entregou em um batalhão de polícia após o crime; ele não aceitou o fim do relacionamento com a vítima, segundo o MP-SP.
O cabo da Polícia Militar (PM) Carlos Alberto Ribeiro, de 36 anos, será julgado pelo tribunal do júri pela morte da balconista Lorena Aparecida dos Reis Pessoa, de 29 anos, assassinada em 8 de setembro de 2017 com sete tiros em Santa Bárbara d’Oeste (SP). Segundo o Ministério Público (MP-SP), o policial, casado com outra mulher, cometeu o crime após não aceitar o fim do relacionamento com a vítima. Lorena deixou um filho de 3 anos que teve com o próprio policial.
A sentença de pronúncia ainda determinou que o réu não pode recorrer em liberdade. Segundo a decisão, “há relatos de ameaças aos familiares e às testemunhas, sendo necessário, assim, o encarceramento para garantia da integridade física e psíquica dessas pessoas, resguardando-se a boa instrução criminal durante o Plenário do Júri”.
A data do julgamento não foi definida. De acordo com a denúncia do MP-SP, Ribeiro não aceitou o fim da relação e premeditou o feminicídio. “Segundo se apurou, o denunciando é policial militar e, embora casado, mantinha um relacionamento afetivo com a vítima (Lorena), com quem teve um filho”, aponta a denúncia.
O 19º Batalhão da PM, que atende Santa Bárbara d’Oeste, informou que o policial está detido no presídio militar Romão Gomes desde a data do crime. Ele atuava há sete anos na corporação e fazia parte do efetivo do 17º Batalhão.
O crime
De acordo com o MP-SP, Lorena quis terminar o relacionamento com ele depois de descobrir que o policial era casado. A descoberta ocorreu durante o processo que ela moveu contra ele pela paternidade do filho.
Ribeiro passou a ameaçá-la e afirmava não aceitar o fim da relação. No dia do crime ele viajou de São José do Rio Preto (SP), onde mora, até Santa Bárbara d’Oeste para matar a vítima, diz a promotoria.
O feminicídio ocorreu na casa da vítima, na Vila Aparecida, por volta de 0h30. “No local, o denunciando disparou sete vezes contra a ofendida e, depois, fugiu”. Vizinhos ouviram os tiros, foram à residência dela, pegaram a criança enquanto dormia e levaram para outra casa.
Em seguida, o policial se entregou na 2ª Companhia da Polícia Militar, em Santa Bárbara d’Oeste. “É certo que o crime foi cometido por motivo torpe, uma vez que o denunciando não aceitou o término do relacionamento e decidiu acabar com a vida da vítima”, diz o MP.
