Wagner Rogério da Silva, conhecido como Guigo, foi morto em dezembro de 2021, após briga em casa noturna. Ministério Público fez denúncia contra o policial, que se entregou nesta quinta (21).
Um policial militar acusado de matar um empresário espancado em Limeira (SP) foi preso nesta quinta-feira (21), após um mandado da Justiça. O caso aconteceu em dezembro de 2021, quando Wagner Rogério da Silva, conhecido como Guigo, foi espancado até a morte na saída de uma casa noturna.
Segundo a Polícia Civil, o PM se entregou, foi preso e encaminhado ao Presídio Militar Romão Gomes, na capital. O mandado de prisão preventiva foi cumprido após o Ministério Público (MP) denunciar o acusado por homicídio, com três qualificadores.
Segundo a promotoria, o crime foi cometido por motivo fútil, além de praticado mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e com meio cruel. A denúncia foi apresentada pela promotora de Justiça Débora Bertolini Ferreira Simonetti no último domingo (17).
Segundo o MP, após uma discussão dentro da boate, Guigo foi colocado do lado de fora pelo policial, que também o agrediu junto com um segundo acusado. Ainda de acordo com a promotora, as agressão não continuaram porque dois amigos de Guigo impediram e o convenceram a deixar o local.
Pouco depois, porém, ele voltou e teria sido ameaçado pelo policial com uma arma. Ele se recusou a deixar o local novamente e o acusado teria recomeçado os chutes “[…] agredindo-o violentamente até que Wagner caísse desfalecido ao solo, oportunidade em que ainda o pisoteou com muita agressividade, assumindo todos os riscos de causar a morte da vítima.”
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Alta periculosidade
A promotoria pediu a prisão preventiva citando alta periculosidade e violência do acusado. Leia o trecho: “E, ainda, a gravidade do caso concreto (homicídio perpetrado sob a exige de três qualificadoras) demonstram que as medidas cautelares diversas de prisão são insuficientes no caso tela, frente a alta periculosidade e violência do denunciado, que inclusive é policial militar.”
No trecho em que determina a prisão preventiva, o juiz Ricardo Truite Alves também cita o fato do acusado ser policial como motivo: “No caso em tela, a prisão preventiva é imprescindível para a garantia da ordem pública, pois o indiciado é policial militar, trabalhando na segurança pública da população, e, ao que tudo indica, não teve o controle emocional necessário, nem mesmo o discernimento necessário para cumprir e respeitar a lei.”
Outros dois homens são citados na denúncia, sendo um deles um guarda municipal da cidade, que deve responder por omissão de socorro. O outro vai responder por lesão corporal e também por omissão de socorro.
Em nota, a Guarda Civil Municipal de Limeira informou que na próxima segunda-feira (25) vai oficiar o Judiciário e o Ministério Público solicitando informações a respeito do caso. A Polícia Militar não se posicionou sobre o caso até a publicação desta reportagem.