População enfrenta menor temperatura do ano com média de 8ºC em Araras, SP

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As maiores preocupações da população em geral estão no aparecimento de gripes e resfriados. Com as temperaturas baixas, ambientes fechados são mais favoráveis para a propagação do vírus.

É só a temperatura abaixar alguns graus que a frase “leva um casaco” vira mais do que uma recomendação e se torna quase uma obrigação. Isso é bastante comum entre as famílias porque muitos já sabem dos riscos de saúde que estamos sujeitos com a chega do frio.

Mas nada disso é mito. Com o início da estação fria do ano, os cuidados com a saúde devem ser redobrados. Gripes, resfriados e doenças respiratórias crônicas, como asma, rinite, sinusite e a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), são realmente mais frequentes nesta época.

A cidade de Araras (SP) por exemplo, registrou na noite deste sábado (17) a temperatura mais fria do ano. Os termômetros marcaram em média 8°C, segundo o CLIMATEMPO, empresa brasileira que oferece serviços de Meteorologia. Neste domingo (18), a previsão indica mínima de 7ºC e máxima de 20ºC. Será um dia de sol, com nevoeiro ao amanhecer e as nuvens aumentam no decorrer da tarde.

Na segunda-feira (19), a temperatura mínima será de 10ºC e a máxima 21ºC. O dia será de sol com nevoeiro ao amanhecer. As nuvens aumentam no decorrer da tarde. Já na terça-feira (20), o tempo será ensolarado, com nevoeiro ao amanhecer. Noite de céu limpo e temperatura minima de 12ºC e máxima de 23ºC.

Pouca chuva e baixa umidade do ar aumentam a poluição nas grandes cidades e favorecem queimadas no interior. Esses ambientes se tornam agressivos para a nossa respiração e facilitam infecções virais”, explica o pneumologista do Instituto do Coração dos Hospital das Clínicas e professor da Faculdade de Medicina da USP, Rafael Stelmach.

As maiores preocupações da população em geral estão no aparecimento de gripes e resfriados. Com as temperaturas baixas, ambientes fechados são mais favoráveis para a propagação do vírus.

Diferentemente do que muitos pensam, as duas enfermidades possuem sintomas e características diferentes. Aparições gradativas de dores no corpo e coriza nasal indicam sinais de resfriado. Já o surgimento deles de uma hora para outra acompanhada de tosse seca e febre, demonstram gripe.

No caso de pessoas que possuem doenças respiratórias crônicas, as chances de crises são maiores, afirma o médico. “A agressão é mais intensa para aqueles que têm a doença e não estão diagnosticados ou tratados”, completa.

É só a temperatura baixar um pouco que o estudante Otávio Augusto Pirez da Silva já sente dificuldades para respirar. Com asma, bronquite e rinite, o jovem conta que apresenta falta de ar, boca seca, tosse, espirro e coceira nos olhos e na garganta assim que o clima muda. “Acordar no frio para quem tem essas doenças nem é o pior. O ruim é conseguir dormir, porque tudo fica congestionado e o ar não entra nem pela boca e nem pelo nariz”, revela.

Pensando nessas e outras ocorrências, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo disponibiliza anualmente algumas dicas que devem ser seguidas por todos os paulistanos. O intuito é fazer com que eles se protejam de qualquer uma dessas doenças. Confira:

  • Agasalhar-se bem, principalmente ao sair na rua
  • Em dias muito frios e secos, evitar a prática de exercícios físicos ao ar livre
  • Banhos prolongados com água muito quente podem provocar ressecamento da pele
  • Usar soro fisiológico para hidratar olhos e narinas
  • Ao utilizar aquecedores, é importante manter uma fonte de umidificação do ambiente, como colocar um recipiente com água, tolhas molhadas e até umidificadores.
  • Para facilitar a circulação do ar e diminuir a concentração de vírus, bactérias, material particulado e alérgenos no ambiente, é necessário manter pelo menos uma fonte de ventilação em locais fechados.
  • Lavar e secar bem mantas, cobertores e blusas guardadas por muito tempo em armários
  • Mesmo no frio, é importante manter o cuidado com o sol e não se esquecer de usar protetores.
  • Tome muito cuidado com o acesso de crianças pequenas à cozinha. Evite que brinquem neste ambiente, atraídas pelo calor.
  • Evitar o uso de fogo para aquecer ambientes, o que também pode provocar graves acidentes.

Transplantados

A orientação geral dos especialistas é para redobrar a atenção com crianças e idosos, que possuem resposta imune mais baixa do que os demais. Mas outros grupos também são alertados neste período. Pacientes transplantados, por exemplo, precisam estar mais atentos com a saúde.

Isso acontece porque o uso de medicamentos para evitar a rejeição dos órgãos diminui as defesas do sistema imunológico e aumenta o risco de infecções, como gripes, resfriados e pneumonias.

O hepatologista e coordenador de transplantes de fígado do Hospital de Transplantes do Estado de São Paulo, Carlos Baía, comenta sobre alguns cuidados em períodos de temperaturas baixas. “Lavar as mãos, manter a casa e o local de trabalho sempre limpos são essenciais. Nesta época, orientamos para que evitem locais fechados, com grandes aglomerações para impedir o surgimento de infecções graves”, enfatiza.

H1N1

O vírus Influenza é responsável pela gripe H1N1. Apesar da transmissão muito parecida, seus sintomas são mais fortes do que as gripes convencionais e devem ser tratados desde o início. Com a chegada do inverno e por conta das situações já descritas, a doença se torna mais comum nesta época.

A forma mais efetiva de proteção contra o vírus é por meio da vacina, que tem apresentado altos índices de defesa. Desde o dia 23 de abril, o Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Saúde, está em andamento com a campanha de vacinação contra a gripe em todo território paulista.

As doses são gratuitas e continuam disponíveis na rede pública de saúde para todos os grupos do público-alvo. Dentre eles estão: trabalhadores de saúde, idosos, crianças com mais de 9 meses e menores de 5 anos, pacientes com doenças crônicas, professores, entre outros.

Para esses grupos tomar a vacina é especialmente importante para evitar complicações futuras, como pneumonia e internações hospitalares.

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