Por meio de liminar, vereador Apolari pede suspensão do rodeio no Ginásio Municipal de Esportes em Araras, SP

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O assunto não é novo e divide opiniões.

Na noite desta segunda-feira (17), o vereador José Roberto Apolari protocolou no Ministério Público um pedido de suspensão do rodeio – prática competitiva que consiste em permanecer por até oito segundos sobre um animal, normalmente um cavalo ou touro, em Araras (SP), que está marcado para ser realizado no mês de março, no Ginásio Municipal de Esportes “Nelson Rüegger”.

Promovido pela Liga Professional Bull Riders (PBR) e organizado pela IMM Eventos, uma etapa do calendário da PBR de montaria em touros será realizada no município nos dias 13 e 14 de março. O aluguel do espaço cobrado pela prefeitura ficaria em torno de R$ 12 mil, além disso, parte do lucro do evento também será doado ao hospital São Luiz. O assunto não é novo e divide opiniões.

“Venho informar aos amantes da proteção animal que protocolamos junto ao Ministério Público de Araras, o pedido de liminar para a suspensão do rodeio. Nos baseamos de acordo com o decreto Lei 40400 Art 23”, relatou o vereador.

Há um bom tempo os ativistas ligados à proteção animal na cidade tentam impedir a realização de eventos que utilizem animais como sua atração. Por outro lado, os simpatizantes da prática defendem os rodeios justificando o respeito aos animais de acordo com as leis previstas. Na noite desta segunda-feira (17), houve inclusive uma manifestação durante sessão na Câmara Municipal de Araras, contra esse evento do próximo mês.

CONTRA O RODEIO
Os ativistas da proteção animal justificam que os rodeios são uma prática cruel, que colocam touros, cavalos e outros animais em situações de estresse físico e psicológico. Existem relatos de que os animais recebem choques elétricos antes de entrar na arena.
 
Segundo os protetores, a pior prova é a de laço, pois ao serem derrubados, os bezerros podem sofrer fraturas e ficar tetraplégicos ou morrer devido a hemorragias. Em 2011, no rodeio de Barretos, um bezerro foi morto.
 
No ano de 2018, A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei nº 2.086/2011 do deputado Ricardo Tripoli, que pretende proibir não o evento em si, mas as “perseguições seguidas de laçadas e derrubadas”.

A FAVOR DO RODEIO
Hugo Resende Filho, presidente da associação Os Independentes, da Festa do Peão de Barretos, afirma que o índice de morte é de apenas 0,0004% nos últimos 25 anos. “O rodeio é um esporte reconhecido por lei”.
 
Ele argumenta que os primeiros rodeios foram realizados no Brasil em 1947 e, apesar de se tratar de uma tradição trazida dos Estados Unidos, acabou ganhando traços do interior do país, como shows de música caipira e sertaneja e comidas típicas.

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