Após ser flagrado no escâner, detento tentou durante uma semana expelir o aparelho naturalmente; unidade registrou 15 casos de ‘barrigueiros’ após o benefício da saída temporária de fim de ano.
Um preso do Centro de Progressão Penitenciária (CPP-2) de Bauru (SP) precisou ser submetido a uma endoscopia para retirar do estômago um minicelular que ele havia ingerido na tentativa de levar o aparelho à unidade prisional na volta da “saidinha” de fim de ano.
O procedimento foi realizado na manhã de segunda-feira (9), uma semana após o homem ser flagrado pelo escâner corporal, na segunda-feira da semana passada (3), prazo final para retorno à prisão após o benefício da saída temporária.
Após ser descoberto, o preso ficou isolado durante uma semana na enfermaria da unidade prisional para tentar expelir o celular naturalmente. Como não conseguiu, precisou ser encaminhando ao Hospital Estadual (HE), onde passou pela endoscopia. O detento já recebeu alta médica e passa bem.
Um boletim de ocorrência foi registrado na Polícia Civil, para onde foi enviado o minicelular apreendido. A direção da unidade instaurou apuração interna para averiguar o caso e o detento deve retornar para o regime fechado.
15 ‘barrigueiros’
Na última segunda-feira, mais um preso entrou para a contabilidade de “barrigueiros” que foram flagrados no CPP-2 de Bauru após o retorno da “saidinha” de fim de ano. “Barrigueiros” é como são conhecidos os detentos que engolem produtos ilícitos para tentar introduzi-los nos presídios.
No mais recente caso, um detento que também estava na enfermaria da unidade desde a volta da saída temporária expeliu de forma natural cinco porções de maconha. Com essa ocorrência, o CPP-2 registrou 15 casos de sentenciados que engoliram entorpecentes e aparelhos eletrônicos – destes, somente um precisou de intervenção médica (endoscopia) para retirada do objeto.
Outros quatro presos também foram flagrados tentando entrar na unidade com drogas escondidas no corpo, na maioria dos casos em peças de roupas, como bermuda e cueca. Um deles, porém, tentou entrar na unidade com um celular escondido em uma prótese da perna.