Juiz destaca que homem ‘não soube dar valor à liberdade recém conquistada’.
Beneficiado com a liberdade provisória por conta da pandemia do novo coronavírus, um réu por tráfico de drogas voltou à cadeia duas semanas depois ao ser preso por roubo na cidade de Monte Mor (SP). Em audiência de custódia no domingo (5), o juiz converteu a prisão em flagrante de Kaique Roberto da Silva por preventiva “em razão da contumácia com que o acusado se vê envolvido com fatos criminosos”.
Na decisão, o magistrado destaca que a “possibilidade de reiteração criminosa é evidente, na medida em que não soube dar valor à liberdade recém conquistada”.
Kaique e um comparsa foram presos no sábado (4) à tarde após assaltarem um estabelecimento comercial no Jardim Panorama. Segundo o auto de prisão, eles se fizeram passar por clientes antes de ameaçar a vítima. Um adolescente estava na companhia da dupla.
Uma testemunha acionou a Guarda Municipal, apontando para onde os suspeitos fugiram. Os dois foram detidos e o adolescente, de 15 anos, apreendido. Os produtos foram recuperados e o caso apresentado na Delegacia de Monte Mor.
Ao analisar o caso, o juiz do plantão em Piracicaba (SP) ponderou a situação dos dois presos, sendo que concedeu liberdade do comparsa, por ser réu primário. Com relação a Kaíque, reforçou que a prisão era necessária para garantia da ordem pública.
“Sua personalidade voltada à prática delitiva autoriza, assim, a conversão da prisão em flagrante em preventiva, como mecanismo de garantia da ordem pública, especialmente no intuito de evitar a reiteração criminosa, concretamente demonstrada em virtude desse novo envolvimento,poucos dias após a obtenção da liberdade.”