Primeiro Vestibular Indígena terá mais de 600 concorrentes na Unicamp

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A prova será realizada no dia 2 de dezembro.

A Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp (Comvest) registrou 610 pedidos de inscrição para o Vestibular Indígena e avalia como muito positiva a demanda para esta que será a primeira edição do processo. O Vestibular Indígena foi aprovado pela Universidade como parte das novas formas de ingresso para os cursos de graduação da Unicamp em 2019. O Vestibular Indígena oferece 72 vagas, em vários cursos. Para terem o pedido de inscrição aceito, os estudantes deverão comprovar que pertencem a uma das etnias indígenas do território brasileiro, por meio da documentação especificada no Edital. A Comvest irá divulgar a lista de candidatos cujas inscrições foram homologadas e a relação candidatos/vaga nos cursos, no próximo dia 11 de outubro, em sua página eletrônica (www.comvest.unicamp.br).

Os dez cursos mais procurados foram: Enfermagem – Integral; Administração (Noturno); Farmácia (Integral); Administração Pública (Noturno); Engenharia Elétrica (Integral); Pedagogia (Integral); Engenharia de Produção (Integral); Arquitetura e Urbanismo (Noturno); Engenharia Agrícola (Integral); Engenharia Elétrica (Noturno) e Ciência do Esporte (Integral).

A prova será realizada no dia 2 de dezembro, a partir das 13 horas (horário de Brasília), nas cidades de Campinas (SP), Dourados (MS), Manaus (AM), Recife (PE) e São Gabriel da Cachoeira (AM). A cidade com maior número de inscritos é São Gabriel da Cachoeira, a 850 quilômetros de Manaus, onde de maneira inédita uma universidade pública irá aplicar um vestibular indígena.

“O número candidatos inscritos surpreendeu por suas características regionais, com destaque para a expressiva presença dos estudantes de São Gabriel da Cachoeira, e pelos interesses que os candidatos demonstraram nos cursos oferecidos pela Unicamp. Podemos observar forte procura por carreiras nas áreas da saúde e humanidades, onde se destacam Administração e Pedagogia”, comentou  José Alves de Freitas Neto, coordenador executivo da Comvest.

Para o coordenador da Comvest, a procura por determinados cursos é um indicativo das demandas de estudantes das comunidades indígenas. “Sabemos que não são todos cursos da Universidade que estão sendo oferecidos nesta primeira edição do processo, mas de qualquer maneira, já temos um indício das demandas desses estudantes que queremos incorporar ao quadro da Unicamp”, afirmou Freitas Neto.

A prova será em língua portuguesa, composta de questões de múltipla escolha e uma Redação, da seguinte maneira: Linguagens e códigos (14 questões); Ciências da Natureza (12 questões); Matemática (12 questões); Ciências Humanas (12 questões); e uma Redação. O programa de estudos para a prova já está disponível na página da Comvest.

Edital com as regras está disponível na página eletrônica da Comvest, bem como o calendário completo do processo. As inscrições gratuitas foram realizadas entre agosto e setembro. Além da comprovação da etnia, outro pré-requisito é que os candidatos tenham cursado o ensino médio integralmente na rede pública (municipal, estadual, federal), ou em escolas indígenas reconhecidas pela rede pública de ensino ou tenham obtido a certificação do ensino médio pelo ENEM ou exames oficiais (por exemplo, o Enceja). São consideradas escolas indígenas reconhecidas pela rede pública de ensino aquelas devidamente cadastradas, nesta condição, junto ao Ministério da Educação.

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