Caio Santos de Oliveira, de 20 anos, foi denunciado por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e furto.
Por G1 Campinas e Região
O promotor de Justiça Luís Felipe Delamain Buratto usou os termos ódio, desumano e brutal ao apresentar denúncia contra Caio Santos de Oliveira, de 20 anos, por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e furto. O rapaz foi preso na manhã do dia 21 de janeiro após matar a transexual Kelly e guardar o coração da vítima em casa, em Campinas (SP).
Na denúncia, o promotor defende que Caio matou a transexual “por odiar pessoas com orientação sexual diversa da sua, demonstrando sentimento abjeto e de repúdio por seres humanos que apresentam tais características.”
O promotor reforça que o homicídio foi praticado com emprego de meio cruel, o que aumentou “inutilmente o sofrimento da vítima, e revelou uma brutalidade fora do comum”.
Buratto destaca ainda que, após atingir o resultado pretendido, ou seja, a morte de Kelly, Caio “trabalhou como açougueiro, de maneira desumana e brutal”, abrindo o peito da vítima, retirando parte do pulmão e o coração, que levou para casa.
Agora cabe à Justiça definir se aceita ou não a denúncia apresentada pelo Ministério Público contra Caio.
O crime
Caio Santos de Oliveira foi preso pela Polícia Militar após confessar que matou a transexual Kelly, que tinha nome de registro Jenilson José da Silva, de 35 anos, no Jardim Marisa, na região do Campo Belo. O coração da vítima foi encontrado enrolado em um pano, debaixo do guarda-roupas na casa de Caio. O autor ainda furtou dinheiro do caixa do bar onde o crime ocorreu.
Sorrindo e com declarações desconexas, Oliveira foi apresentado na 2ª Delegacia Seccional de Campinas no dia do crime e disse que havia conhecido a vítima na noite anterior.
“Ele era um demônio, eu arranquei o coração dele. É isso. Não era meu conhecido. Conheci ele à meia-noite”, disse.