Publicitária vai parar na UTI após usar Ozempic sem orientação

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Fernanda Guimarães Pimenta, de 29 anos, decidiu fazer uso do medicamento sem orientação médica para emagrecer.

O medicamento “milagroso”, basta digitar “Ozempic” nas buscas de redes sociais para encontrar vídeos mostrando pessoas dizendo que emagreceram usando o medicamento e dando seus depoimentos sobre ele.

Foi buscando esse resultado que a publicitária Fernanda Guimarães Pimenta, de 29 anos, decidiu fazer o uso do medicamento sem orientação médica e acabou parando na UTI e quase teve uma insuficiência hepática – quando o fígado para de funcionar.

Após assistir a esses vídeos nas redes sociais, Fernanda decidiu usar o Ozempic, uma “canetinha” com uma agulha na ponta, sem acompanhamento médico em julho do ano passado. Ela também conhecia algumas amigas que faziam o uso do medicamento e estavam perdendo peso rapidamente.

Na época, a publicitaria estava insatisfeita com o próprio corpo após engordar 10 quilos durante o período de pandemia e passar do manequim 40 para o 44. Trabalhando em home-office, ela deixou de ir caminhando até o escritório em que trabalha, em São Caetano do Sul, aumentando o seu sedentarismo e contribuindo para o ganho de peso.

Em nota à BBC News Brasil, o laboratório Novo Nordisk, fabricante o Ozempic explicou que o medicamento é indicado para o tratamento de adultos com diabetes tipo 2 insuficientemente controlado, como adjuvante à dieta e exercício físicos.

O fabricante acrescenta ainda que o medicamento deve ser utilizado e comercializado apenas sob prescrição médica, contraindicado para grávidas, lactantes e pacientes alérgicos à semaglutida. Sobre as complicações tidas por Fernanda, após o uso sem prescrição do medicamento, o fabricante explicou que o medicamento não interfere na função do fígado.

“Ele pode ser usado em pacientes que possuem insuficiência hepática leve e moderada. A experiência em pacientes com insuficiência hepática grave é pequena. Mas não ocorre o aumento das enzimas hepáticas relacionadas ao uso do medicamento. Contudo, o aumento de enzimas pancreáticas pode ocorrer de maneira transitória e pacientes com histórico prévio de pancreatite devem utilizar o produto com cautela”, disse em nota.

“Os distúrbios gastrointestinais, tal como náusea, foram os eventos adversos mais frequentemente relatados, sendo a maioria transitórios, de intensidade leve e não levando a interrupção do tratamento. Esses eventos ocorreram em uma proporção semelhante em relação a outros análogos de GLP-1 já comercializados no Brasil. A interrupção prematura do tratamento devido a eventos adversos foi inferior a 10% em todos os grupos estudados1-7. Cabe ressaltar que o tratamento deve sempre ser orientado pelas recomendações fornecidas pelo médico responsável e deve basear-se em uma avaliação individual das necessidades do paciente”, acrescentou.

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