Sete integrantes da gangue conhecida por “Talibã” foram presos; golpes renderam R$ 2 milhões, segundo a investigação.
A polícia de São Paulo prendeu nesta quinta-feira (26) um grupo suspeito de aplicar golpes fazendo falsos financiamentos de veículos. Conhecida como “Talibã”, a quadrilha costumava ostentar nas redes sociais com vídeos e fotos em que seus integrantes aparecem dirigindo carros de luxo e até abrindo garrafas de uísque com tiro (assista acima).
Em cinco meses, o grupo conseguiu R$ 2 milhões de motoristas que achavam estar pagando financiamentos de seus carros.
Quando o golpe foi descoberto, o grupo já tinha desviado o dinheiro das vítimas. O valor era usado na compra de armamento e carros luxuosos. Para comemorar o êxito nos crimes, seus membros promoviam festas fechadas para integrantes e amigos dos envolvidos.
Sete dos oito investigados foram presos. Alguns estavam numa mansão, alugada num condomínio de luxo em Arujá, Grande São Paulo. Lá, eles escondiam relógios caros, cordões de ouro, celulares e duas pistolas.
A operação também cumpriu mandados na Zona Leste de São Paulo e em cidades da região metropolitana, como Mogi das Cruzes, Suzano e Itaquaquecetuba.
Golpe
De acordo com a investigação, o golpe começava em estacionamentos de shoppings, supermercados ou até mesmo nas ruas da capital paulista. A quadrilha escolhia e fotografava os carros.
Sem que os verdadeiros donos desconfiassem, os criminosos se passavam por comerciantes, financiavam esses carros e ficavam com todo o dinheiro de quem pretendia adquirir os veículos.
“Eles financiavam esses carros em nome de laranjas escolhidos entre eles mesmo e escolhiam amigos dos membros da organização criminosa, que emprestavam a conta bancária mediante uma recompensa, uma porcentagem do valor”, disse o delegado Fernando José Gomes Santiago.
O golpe começou depois que alguns bancos mudaram o sistema para financiar veículos. Donos de lojas receberam senhas e passaram a controlar o processo de financiamento.
O proprietário de uma loja na Grande São Paulo entregou a senha para a quadrilha. A fraude foi descoberta quando os verdadeiros donos dos carros começaram a ser cobrados e processados na Justiça pelos bancos.
“Eles cobravam dos proprietários dos veículos, e isso até mesmo negativando o nome, até os proprietários dos veículos comprovarem que nada tinham a ver com essas transações fraudulentas eles tinham todos esses aborrecimentos”, falou o delegado.
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