Quadrilhas alugam carros para trazer contrabando do Paraguai para o Brasil

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Quase 3 mil veículos foram apreendidos pela Receita nos 5 primeiros meses do ano.

A Receita Federal registrou em 2019 um aumento no contrabando vindo do Paraguai e notou uma mudança de estratégia das quadrilhas: o uso de carros alugados para transportar as mercadorias.

O carro parado pela fiscalização estava abarrotado de mercadorias sem nota fiscal no porta-malas e até nos bancos de trás e da frente. Em operações nas estradas brasileiras, os motoristas foram presos por transportar mercadoria contrabandeada ou que entrou no país sem o pagamento de imposto.

Cigarros e bebidas estão no topo da lista destas fiscalizações. Em seguida estão: eletrônicos, som automotivo e pilhas; veículos, peças e acessórios; e brinquedos.

Em todo o Brasil, até maio, a Receita Federal apreendeu cerca de R$ 1,2 bilhão em mercadorias. Isso significa um aumento de 34% em relação ao mesmo período de 2018. Muitas destas mercadorias estavam sendo transportadas em carros pequenos.

“Anteriormente, você conseguia uma grande quantidade de produtos contrabandeados em ônibus, caminhões e carretas. Em função da fiscalização intensiva e do volume maior que eles poderiam ter perdido, eles passam a usar carros pequenos”, explicou Newton Morais, chefe da Comunicação da Polícia Rodoviária Federal.

A Receita Federal apreendeu mais de 2.700 veículos nos cinco primeiros meses de 2019. Além de carros roubados ou com placas adulteradas, as quadrilhas estão usando veículos alugados para contrabandear mercadorias. Os carros são apreendidos e só depois de uma investigação são devolvidos às empresas.

“Os infratores vivem inovando na tentativa de se verem livre da fiscalização. E a gente constantemente vem aprendendo com essas inovações e aprimorando as nossas técnicas para implementar e aumentar ainda mais as apreensões”, disse Guilherme Renovato, auditor fiscal da Receita Federal de Goiás.

As empresas de aluguel de carros estão aderindo à tecnologia para reduzir o prejuízo causado pelos contrabandistas.

“Rastreadores, reconhecimento facial, biometria. Isso faz com que a cláusula de sucesso deles seja menor”, disse Adriano Donzelli, conselheiro da Associação Brasileira Locadora de Automóveis.

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