Qual a previsão para a abertura de empregos novos em 2022? 

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Após passarmos por uma das maiores crises sanitárias das últimas décadas, surgem dúvidas sobre as previsões para novas contratações em 2022. Confira algumas estimativas e saiba porquê o ano que vem deverá ter uma retomada!

Com o avanço da vacinação no Brasil, algumas questões têm sido levantadas e um cenário incerto começa a amedrontar a classe trabalhadora, questionando como será o próximo ano em relação a novos empregos.

A pandemia da covid-19 trouxe, além de muitos desempregos, muitas queixas relacionadas ao cansaço e estresse, com doenças como depressão e ansiedade crescendo em números alarmantes em poucos meses.

Segundo a especialista Elke Van Hoof, professora de Psicologia da Saúde na Universidade de Vrije, em Bruxelas e assessora do governo belga para questões psicológicas impactadas pela covid-19, sofreremos ainda com problemas tardios relacionados ao psicológico.

Segundo Hoof, um desses problemas afeta o setor empregatício diretamente: o absenteísmo. Dessa forma, as pessoas se esgotarão e muitas faltas no trabalho poderão acontecer, por grandes períodos.

As empresas estão tentando se reinventar e continuar inspirando os colaboradores para dar continuidade ao trabalho e adotar uma política sólida para novas contratações e retornos ao trabalho, após a reabertura completa decretada em muitos estados brasileiros.

Veja agora qual a previsão do mercado para novos empregos em 2022 e como será a taxa de desemprego esperada para o próximo ano.

Desemprego em 2022: quais são as previsões?

É preciso entender o histórico econômico do Brasil antes da disseminação do coronavírus antes de buscar fazer projeções imediatas após a intensa evolução da vacinação no país.

Nas décadas de 80 e 90, o desemprego em nosso território possuía uma taxa considerada baixa, com média de 5% entre 1981 e 1994. A taxa aumentou entre os anos de 1995 e 2014 para uma média de 9,3%.

Entretanto, entre 2014 e 2019 a taxa de desemprego média subiu para 11,4%, graças à crise político-econômica vivida no país.

No momento pré-pandemia, a economia brasileira já estava buscando se recuperar da recessão de 2014 a 2016, com lenta recuperação até 2019, momento em que a pandemia se iniciou.

Segundo pesquisas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a taxa de pessoas desempregadas no Brasil, em alta desde 2015, já poderia levar alguns anos para se recuperar, mesmo em um cenário sem crise mundial.

Com o avanço da pandemia, o setor de serviços foi o mais afetado, atingindo principalmente trabalhadores com baixa escolaridade ou informais e diminuindo a porcentagem da população ocupada (PO) em 15% entre fevereiro e julho de 2020.

Em julho de 2021, a última leitura realizada, mostra que a população ocupada cresceu, mas ainda está 4,4% abaixo da taxa pré-pandemia, que já não estava em um nível muito alto.

Outro aumento que preocupa os economistas está no número de desempregados de longa duração, ou seja, que estão em busca de um emprego há mais de dois anos. O aumento passou de 1 milhão em 2014 para 3,3 milhões em 2019 e 3,8 milhões em 2021.

O Boletim Macro da FGV prevê uma queda no desemprego para o próximo ano, mesmo que pequena. A projeção mostra que 2021 fecharia com 14,1% e, em 2022, essa taxa cairia para 13%, ainda alta, porém já mostrando sinais de esperança e de melhora.

Como será o mercado de trabalho pós-pandemia?

Embora a vacinação esteja avançada em nosso país, ainda estamos vivendo em meio a uma pandemia. Ao nos aproximarmos do fim do ano, surgem dúvidas e inseguranças concernentes ao que vai acontecer no ano de 2022 com relação ao mercado de trabalho.

O Fórum Econômico Mundial lançou, em outubro de 2020, a terceira edição do relatório The Future Jobs (O Futuro dos Empregos), em que mostra que os governos, as empresas e os trabalhadores devem se ajustar a mudanças significativas devido ao Covid-19.

Como vimos, para as empresas surgirá um novo desafio, relacionado à ausência de trabalhadores, o chamado absenteísmo, que pode aumentar nos próximos meses, resultado de trabalhadores psicologicamente afetados e esgotados pelo cenário mundial.

Para os trabalhadores, será fundamental ter conhecimento técnico e, além disso, capacidades pessoais que também envolvem as questões emocionais. Até mesmo as pessoas que continuam empregadas terão que se requalificar para permanecer na vaga.

As próprias empresas podem buscar oferecer qualificação ou requalificação aos colaboradores e investir em métodos de incentivo e motivação para impulsionar a própria força de trabalho.

O relatório do Fórum Econômico apontou 10 habilidades que o trabalhador deve desenvolver até 2025 para aumentar sua empregabilidade, ou seja sua capacidade de se empregar e se manter empregado:

  • Pensamento analítico e inovação;
  • Solução de problemas complexos;
  • Análise e pensamento crítico;
  • Criatividade, originalidade e iniciativa;
  • Argumentação, solução de problemas e concepção de ideias;
  • Constante aprendizado;
  • Resiliência, tolerância ao estresse e flexibilidade;
  • Liderança e influência social;
  • Uso, monitoramento e controle da tecnologia;
  • Design de tecnologia e programação.

 

Há muitas formas de buscar se preparar para o mercado pós-Covid, de maneiras que ajudam no desenvolvimento pessoal e profissional para que o trabalhador consiga se encaixar na nova realidade que virá com o final da pandemia.

Novas oportunidades: vagas após a reabertura dos setores

A economia brasileira está tentando se recuperar, como mostram os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Entre janeiro e setembro deste ano, foram criados 2,5 milhões de novos empregos no país.

O Caged ainda mostra que foram geradas novas ocupações formais em todos os setores: serviços, indústria, construção, comércio e agropecuária.

O setor que mais cresce no cenário atual é o de serviços, com aumento de 143 418 novas vagas apenas em setembro de 2021. Em ordem do que mais cresceu neste mês, temos: serviços, indústria, comércio, construção e, por último, agropecuária, com a criação de 9 084 novas posições.

As informações do Caged também mostram que todas as regiões do país tiveram um aumento no número de vagas em setembro de 2021, com o Sudeste liderando, com a abertura de 139 081 novas ocupações.

Os dados do Caged não consideram os trabalhadores informais, que não  possuem carteira assinada, então o número de pessoas ocupadas pode ser superior ao divulgado.

A retomada econômica tem surtido efeito, mesmo que pequeno, nos índices de empregados no Brasil e, com o avanço da terceira dose da vacinação, a ideia é que os setores evoluam ainda mais e que o índice de desemprego caia em 2022 e continue em queda.

Utilizando as Projeções para se adequar

O ano de 2022 se aproxima e as previsões mostram em números as possibilidades para a nova fase em que estamos caminhando como nação no cenário econômico.

Cabe à população brasileira buscar se adequar para poder entrar ou se manter no mercado de trabalho, sempre pesquisando maneiras de se qualificar e se destacar na busca por uma vaga.

As empresas também devem buscar qualificar seus colaboradores e apostar na gestão de incentivo para manter os funcionários motivados e continuar com a produtividade necessária.

Por mais que o crescimento esperado não seja muito significativo, qualquer melhora na economia é importante para gerar mais poder de compra ao brasileiro e movimentar o mercado, gerando ainda mais empregos e aumentando os índices positivos para o nosso país.

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