Em meio a centenas de mensagens lamentando a morte do GCM, o internauta escreveu: “Foi tarde (junto com um desenho de palmas). Vai parar de fazer mal e arrancar dinheiro dos outros”.
Um rapaz de 24 anos, morador no Jardim São Camilo, em Jundiaí (SP), foi levado ao Plantão Policial na noite desta segunda-feira (16) para explicar a mensagem que publicou em um site de notícias comentando sobre a morte do GCM Denilson Bispo de Lima, de 30 anos, vítima em São Paulo de um criminoso, nesta madrugada, que atirou em sua cabeça para roubá-lo enquanto fazia compras com a namorada na região do Brás.
Em meio a centenas de mensagens lamentando a morte do GCM, que morava em Campinas (SP) e atuava na corporação de Jundiaí desde 2016, o internauta escreveu: “Foi tarde (junto com um desenho de palmas). Vai parar de fazer mal e arrancar dinheiro dos outros”.
O comentário indignou outros internautas, além de policiais militares e guardas municipais da região de quem Lima era conhecido. Dois PMs e dois GCMs decidiram, então, localizar o rapaz para que ele explicasse se já havia sido coagido pelo GCM a pagar propina, conforme deu a entender na mensagem.
Após algum tempo de busca, o internauta, que não teve o nome divulgado, foi localizado pelos guardas Belloni e Wellington, com apoio dos soldados Cleon e Arilando, do 49º Batalhão. Ao ser indagado sobre o ocorrido, garantiu que não conhecia Lima, e que a postagem havia sido motivada por não ter gostado de ter sido abordado recentemente pela polícia.
Na delegacia, também ficou apurado o envolvimento do rapaz com um roubo de carga quando menor. Já quando adulto, foi acusado de violência doméstica contra uma ex. Por volta das 23h, o delegado plantonista analisava se o detido deveria ser autuado. Não foi descartada a hipótese de ele responder por crime contra a honra.
“Muitas pessoas continuam achando que a internet é terra de ninguém e que, por isso, podem falar o que bem entendem. Neste caso, além da falta de respeito num momento de dor para muitas pessoas, o rapaz ainda afirmou que o GCM Lima tomava dinheiro. Depois, mostrou que não sabia o que estava falando, e que havia feito o que fez por ser daqueles que não gostam da polícia”, observou o cabo Inácio, do 11º Batalhão.
