Maicon Moreira, de 35 anos, disse que não lembra de ter assediado a namorada do jogador. Após episódio, Maicon foi agredido e revidou em Ewerton, que morreu após ser esfaqueado.
O técnico em refrigeração Maicon Pereira Moreira, de 35 anos, suspeito de esfaquear e matar o jogador de futebol Ewerton Rodrigues de Melo de Souza, teve a prisão preventiva decretada. Os dois discutiram após Maicon ter assediado a namorada de Ewerton durante uma festa em Bertioga, no litoral de São Paulo. A Polícia Civil entendeu que Maicon agiu em legítima defesa no caso do homicídio e decretou a prisão dele por conta do crime de importunação sexual.
O fato ocorreu na madrugada da última sexta-feira (13). Maicon contou à Polícia Civil que estava em uma festa dentro de uma tabacaria, localizada na avenida 19 de Maio, quando, de repente, alguns homens começaram a agredi-lo e o jogaram no canal de escoamento existente na avenida.
Após ele sair do canal, Maicon contou que os homens teriam o agredido novamente. Ele fugiu a pé e entrou em uma padaria localizada na mesma avenida. Ele afirmou, também, que deu a volta no balcão e pegou uma faca para se defender e tentar afastar os agressores. Nesta hora, Maicon diz que Ewerton tentou agarrá-lo. Ele, então, acabou por cravar a faca no peito do atleta. As imagens de monitoramento do local flagraram toda a movimentação.
Quando Ewerton caiu no chão, os amigos do jogador retiraram a faca do corpo do atleta e voltaram a agredir Maicon. O técnico em refrigeração disse à polícia que esses homens fugiram antes da chegada dos policiais militares. Ewerton chegou a ser levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Segundo testemunhas, a briga começou dentro da tabacaria porque Maicon teria ‘passado a mão’ na namorada de Ewerton. Maicon disse que não se lembra de ter praticado tal ato. A versão, porém, foi confirmada pela namorada de Ewerton, que também prestou depoimento na delegacia e disse que o suspeito estava bêbado.
O delegado Marcello Marinho entendeu que há indícios de que a situação se deu ‘sobe excludente de ilicitude prevista no artigo 25 do código penal’, ou seja, que Maicon agiu em legítima defesa. Por isso, ele afastou a hipótese de prisão em flagrante por homicídio. Mas, por outro lado, considerou que houve o crime de importunação sexual, descrita no artigo 215 de nosso Código Penal, e decretou a prisão por este delito.
No sábado (14), Maicon passou por audiência de custódia. A Justiça de São Paulo decidiu por converter o flagrante em prisão preventiva. Ele será encaminhado para um presídio na Baixada Santista e permanecerá até o julgamento do caso.