Respeito à sinalização contribui para um trânsito melhor

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Você sabia que a prioridade é sempre do pedestre?

Criada para delimitar a área da pista na qual se deve fazer a travessia, a faixa tem poder regulamentador próprio, previsto no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que estabelece a prioridade dos pedestres em relação aos veículos. Mas há exceção: se o local for sinalizado com semáforo, é o verde que determina o controle de passagem. O artigo 69 também diz que, na ausência de sinalização específica, as pessoas devem atravessar na continuidade do passeio, junto às esquinas, para que os motoristas possam vê-las facilmente. Nesse caso, porém, não podem obstruir trânsito de veículos. Tudo uma questão de bom senso.

A faixa integra a sinalização horizontal, ou seja, tudo que for demarcado sobre o pavimento com a função de organizar o fluxo de veículos e pedestres. Se, por um lado, ela presta informações ao condutor sem desviar a atenção dele (como ocorre com as placas), por outro, dura pouco tempo e demanda manutenção mais constante. E a visibilidade pode estar prejudicada, por exemplo, sob chuva ou durante um grande congestionamento. Aplicada a frio com 0,4 milímetros de espessura, a tinta dura cerca de um ano, aguentando um fluxo diário de dois mil veículos.

O tipo mais comum é o chamado zebrado, com linhas paralelas de 0,40 metros de largura, separadas por espaço de 0,60 metros. A travessia de cada trecho varia de três a seis metros (recomendam-se quatro metros na maior parte dos casos). A ideia é concentrar os pedestres, oferecendo sempre o caminho mais curto e seguro e permitindo ao motorista uma boa visão do ponto de travessia. Essa sinalização obedece a uma série de critérios. Se há uma faixa, imagina-se que engenheiros detectaram sua necessidade. Em geral, é um ponto no qual muita gente atravessar e o tempo de espera ultrapassa um minuto. Ou que oferece riscos de acidente.

Localizações estratégicas

Após vistoriar as condições do tráfego local para inclusão das faixas de pedestre, o técnico também faz um levantamento, detectando a existência de escola, clube, igreja, centro comercial, indústria, hospital, ponto de ônibus ou estação de metrô, tudo que possa gerar fluxo de pessoas a pé. Ele também detalha as características físicas e geométricas da área. Ao realizar o projeto, já estudou o lugar para melhor posicionar a travessia e verifi cou se é preciso incluir sinalizações complementares e até um semáforo. Mas tudo isso só funciona com a colaboração dos usuários.

A compreensão plena do Código de Trânsito Brasileiro evita muita dor de cabeça, além de uma multa pesada, caso o motorista não respeite a prioridade do pedestre já na faixa – infração gravíssima, implica na perda de sete pontos na carteira. Da mesma forma, está prevista em lei que, mesmo se o sinal abrir para os carros, o pedestre deve poder concluir a travessia se já estiver no meio da rua. Quem estiver a pé, apesar de ainda não haver um sistema efi caz para fiscalizar isso, também deve se policiar para não cruzar fora da área segura. Perdem-se segundos, ganha-se centenas de vidas e um trânsito menos estressante.

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