Santa Casa faz pagamento do 13º que estava atrasado e greve dos funcionários é cancelada pelo Sinsaúde de Araras, SP

PUBLICIDADE

Os médicos também estão sem receber há um ano.

Na tarde desta quinta-feira (21), nossa reportagem esteve conversando com a presidente da subsede do Sinsaúde em Araras (SP), Tereza Aparecida Mendes. O motivo seria o descumprimento de um acordo feito com a Santa Casa e funcionários, e a categoria estava disposta em fazer uma greve que seria decidida em assembleia. Além disso, existe um problema mais grave ainda, a instituição não está recolhendo o FGTS dos funcionários desde julho de 2018. Ouça a entrevista:

Porém, a Santa Casa fez pagamento do 13º que estava atrasado nesta sexta-feira (22) e greve dos funcionários que estava prevista para a próxima semana, foi cancelada. Só que os problemas não param por aí. Os médicos também estão sem receber há um ano, e a Associação Paulista de Medicina, através de sua seção regional situada em Araras (SP), encaminhou na semana passada ao Conselho Regional de Medicina, ao Ministério Público, à Prefeitura Municipal e a Irmandade Santa Casa de Misericórdia, uma carta comunicando uma possível paralisação em 30 dias do atendimento médico no hospital São Luiz, por conta do atraso nos pagamentos médicos, falta de materiais e medicamentos para a prática da medicina.

De acordo com Dra. Julia Martins Bonilha Spirandeli (Presidente-APM/REGIONAL ARARAS), Há um ano, estão acontecendo atrasos repetidos nos pagamentos de médicos contratados e prestadores de serviços à Irmandade Santa Casa de Misericórdia, em diferentes formas contratuais, vêm ocorrendo de forma sistematicamente. Mesmo com a dívida crescente, há uma preocupação continua para manutenção da prática de uma medicina adequada.

Baseado no art. 24 e no art. 35 do código de ética médica: uma paralisação dos atendimentos eletivos (clínicos e cirúrgicos) e plantão de disponibilidade à distância surgem como uma forma de redução de gastos priorizando o exercício de uma medicina adequada. Ressalta-se que os serviços de emergência e urgência não serão comprometidos.

De acordo com o comunicado que nossa reportagem teve acesso, esta decisão foi elaborada em comum acordo entre os médicos coordenadores das especialidades, com os representantes de seus setores, e os plantonistas que participam das atuais escalas de disponibilidade de pacientes da rede pública de saúde.

No período de 30 dias, negociações entre as partes envolvidas podem ocorrer, visando a resolução dos problemas notificados, sempre com o intuito de não haver prejuízo ao serviço. Vale ressaltar que a Associação Paulista de Medicina – regional de Araras, desde 2017, está em negociação direta com a provedoria e administração da Santa Casa, porém ainda não houve uma resolução efetiva.

Até o momento os administradores da instituição não se manifestaram publicamente, ou através de nota de esclarecimentos à população, que por sinal tem todo direito de saber, pois o dinheiro enviado é do povo.

PUBLICIDADE
PLÍNIO DPVAT