Ao todo, depósitos somaram R$ 194,4 bilhões e saques, R$ 196,9 bilhões.
Os saques da caderneta de poupança superaram os depósitos em R$ 2,532 bilhões em outubro, informou nesta quarta-feira (7) o Banco Central.
Ao todo, no mês passado, os depósitos somaram R$ 194,435 bilhões e os saques, R$ 196,968 bilhões. Esta foi a primeira vez desde fevereiro que os saques superaram os depósitos.
No acumulado dos dez primeiros meses deste ano, ainda segundo a instituição, houve um ingresso líquido (depósitos menos retiradas) de R$ 22,968 bilhões na modalidade de investimentos.
Saldo da poupança
Apesar da saída de recursos na poupança em outubro, o estoque dos valores depositados, ou seja, o volume total aplicado, registrou aumento no mês passado.
No fim de setembro de 2018, o saldo da poupança estava em R$ 775,774 bilhões. No final de outubro, somava R$ 776,192 bilhões.
Isso ocorre porque, além dos depósitos e das retiradas, os rendimentos creditados nas contas dos poupadores também são contabilizados no estoque. Em outubro deste ano, os rendimentos somaram R$ 2,950 bilhões.
Atratividade da poupança
Com a queda dos juros básicos da economia em 2017 e no começo deste ano, a caderneta de poupança passou a render menos.
Pela norma em vigor, há corte no rendimento da poupança sempre que a taxa Selic estiver abaixo de 8,5% ao ano. Nessa situação, a correção anual das cadernetas fica limitada a 70% da Selic, mais a Taxa Referencial, calculada pelo BC.
Atualmente, a Selic está em 6,5% ao ano. Como a regra prevê que a correção da poupança seja de 70% dessa taxa, ela está hoje em 4,55% ao ano, mais Taxa Referencial.
Mas a queda de rendimento afeta também as aplicações conhecidas como prefixadas, ou seja, que têm por base a Selic.
Segundo cálculos da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), a poupança continuará sendo uma “excelente opção de investimento, principalmente sobre os fundos cujas taxas de administração sejam superiores a 1% ao ano”.
Analistas avaliam que o Tesouro Direto, programa que permite a pessoas físicas comprar títulos públicos pela internet, via banco ou corretora, sem necessidade de aplicar em um fundo de investimentos, também pode ser uma boa opção para os investidores. O programa tem atraído o interesse de aplicadores nos últimos anos.
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