Para pessoas de grupos de risco, orientação é que proteção seja usada também em ambientes abertos. Secretário da Saúde disse que estado não irá tornar uso obrigatório, mas prefeituras podem endurecer as regras.
O Comitê de Medidas de Vigilância em Saúde do Governo de São Paulo voltou a recomendar, desde terça-feira (31), o uso de máscaras em ambientes fechados para evitar o risco de transmissão da covid-19.
A medida é apenas orientativa e o equipamento de proteção não deve voltar a ser obrigatório no estado, mas pode ser uma importante medida contra o aumento de 120% nos casos de internação em decorrência do coronavírus SARS-CoV-2.
Além disso, a equipe de cientistas orienta que pessoas do grupo de risco, como aquelas que têm comorbidades ou são imunossuprimidos, devem retomar o uso de máscaras mesmo em ambientes abertos. O grupo também reforça a importância das pessoas completaram o esquema de vacinação, principalmente entre as crianças e adolescentes.
“O Comitê recomendou o retorno do uso de máscaras em estabelecimentos fechados sem caráter obrigatório, não modificando a legislação vigente em São Paulo da utilização apenas em ambientes hospitalares e no transporte coletivo”, afirmou o governo de SP, em comunicado.
“A medida não será retomada frente aos índices que, a despeito de terem elevado, ainda estão muito distantes daquilo que nós tivemos no pico causado pela variante Ômicron do coronavírus, no início de 2022. Na ocasião, nós tínhamos quase 11,3 mil pessoas internadas, sendo 4,1 mil em UTIs”, explicou o secretário da Saúde, Jean Gorinchteyn.
Apesar do caráter orientativo da medida, as prefeituras poderão transformar a orientação em decreto, o que poderia tornar as máscaras novamente obrigatórias em ambientes com menor circulação de ar. Procurado pela nossa reportagem, Alex Zaniboni, secretário Municipal da Saúde de Araras (SP), disse que faria uma reunião ainda nesta semana para definir.