Para definir o tamanho certo de uma prótese é preciso considerar o formato dos seios e a posição dos mamilos.
São muitas as dúvidas que as mulheres têm ao decidirem por fazer um implante de prótese de silicone. Uma das perguntas mais frequentes tem a ver com o medo de que, por causa da cirurgia, elas não possam, no futuro, amamentar corretamente seus filhos.
Segundo o cirurgião plástico Alderson Luiz Pacheco, o que gera essa dúvida nas mulheres é que, na maioria das vezes, elas não sabem realmente o local em que a prótese fica localizada após o implante. “Existem dois possíveis locais para o implante de silicone: por trás do músculo peitoral (prótese submuscular) e por trás da glândula mamária (subglândular). Cada pessoa possui uma estrutura diferente da outra, e a escolha do implante depende disso para aumentar as chances de se obter um seio bonito, natural e firme”, explica.
A escolha cabe ao médico, que irá avaliar o caso de cada paciente. Porém, independente disso, o cirurgião plástico afirma que não existe possibilidade de acontecer interferência na amamentação, já que a prótese fica localizada abaixo do tecido mamário, local responsável por produzir o leite materno. “A prótese apenas empurra o tecido mamário para frente. Para isso, entretanto, é preciso que a prótese tenha um tamanho adequado para o corpo da mulher, pois se ela for em tamanho exagerado, pode sim trazer problemas”, diz. “Colocar um volume muito exagerado pode causar uma pequena atrofia no tecido mamário. Portanto, o desejo de ter seios muito grandes pode ser prejudicial para a amamentação, podendo comprimir a mama e afetar a circulação”.
Ele alerta, porém, que existem remotos riscos de o silicone vazar para o leite e, dessa forma, ele pode acabar sendo ingerido pelo bebê. “Mas as chances de isso acontecer são mínimas”, garante. Há também alguns casos em que a mãe já não produz leite, e acredita que isso tenha alguma relação com o silicone, apesar de isso não ser verdade.
Para evitar qualquer tipo de risco, antes de realizar a cirurgia é importante uma boa avaliação com o cirurgião plástico, para definir a técnica mais adequada para cada caso. “O risco de complicações pode ser de 1% a 3%, e a paciente precisa estar ciente disso. Nós fazemos o nosso melhor para evitar qualquer complicação e a paciente precisa fazer a parte dela depois, no pós-operatório”, conclui.
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