Sistema alternativo de tratamento deve reduzir o despejo de dejetos e a poluição no Rio Mogi Guaçu em Araras, SP

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O sistema, que vai utilizar estruturas já existentes na ETE (Estação de Tratamento de Esgoto), vai custar cerca de R$ 200 mil e será adotado até o funcionamento da nova ETE, que está em construção.

Neste final de semana mais uma grande mortandade de peixes foi registrada no Rio Mogi Guaçu. A causa, é o esgoto de Araras (SP) que começou a ser jogado no rio desde 2016, porém, o problema vem cada vez mais piorando e chegou a maior mortandade desde que se iniciou esse descaso. 

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e a Polícia Ambiental foram acionadas. A Polícia Ambiental informou que um pelotão foi ao local e constatou a mortandade dos peixes e que os indícios apontam que a contaminação vinha do esgoto sem tratamento emitido no rio Ariri, afluente do rio Mogi Guaçu.

A Prefeitura Municipal de Araras reconhece o problema e na semana passada juntamente com o Saema (Serviço de Água e Esgoto do Município de Araras) anunciaram a implantação um sistema alternativo de tratamento para reduzir o despejo de dejetos e a poluição no Ribeirão das Araras e no Rio Mogi Guaçu.

O sistema, que vai utilizar estruturas já existentes na ETE (Estação de Tratamento de Esgoto), vai custar cerca de R$ 200 mil e será adotado até o funcionamento da nova ETE, que está em construção. Além disso, ele poderá ser utilizado nas manutenções da nova estação, e com isso não haverá interrupção no tratamento de esgoto.

O modelo alternativo vai utilizar as três lagoas desativadas da antiga estação, a estação elevatória que recebia o material dos emissários e o desarenador que compõe o pré-tratamento. O Saema fará a tubulação para interligar as estruturas e a aquisição de aeradores para o tratamento aeróbio, que será combinado com o anaeróbio nas lagoas.

Este sistema irá tratar 100% do esgoto coletado, com 70% de remoção de matéria orgânica. O projeto já havia sido apresentado em anos anteriores aos órgãos ambientais do Estado de São Paulo, mas só agora foi autorizado por eles. Sem tratar o esgoto da cidade desde 2015, quando o antigo sistema entrou em colapso, a Estação de Tratamento de Esgoto está desativada. Desde então, o material é despejado diretamente no Ribeirão das Araras, um dos afluentes do Mogi Guaçu.

O prefeito Junior Franco (DEM) quando presidente do Saema (2017 e 2018), conseguiu junto ao Ministério das Cidades a aprovação do projeto da nova ETE e a articulação de uma verba federal. Os  investimentos somam R$ 23.684.572,54, dos quais R$ 21.302.155,70 são recursos federais, por meio do PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento), e o restante é de contrapartida do município. As obras tiveram início em dezembro do ano passado e estão previstas para ser concluídas no final de 2020.

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