De acordo com a Polícia Civil, o professor de religião Marcos Bueno Ribeiro disse que os abusos ocorriam “sempre que tinha a oportunidade de ficar sozinho com as vítimas”.
O professor de religião suspeito de estuprar 9 crianças na 1ª Igreja Batista de Amparo (SP) disse à Polícia Civil que os abusos ocorriam “sempre que tinha a oportunidade de ficar sozinho com as vítimas” e que escolhia meninas entre 8 e 12 anos “pelo fato delas não terem entendimento do ocorrido”, o que evitaria a delação do crime às famílias.
De acordo com a delegada Leise Silva Neves, Marcos Bueno Ribeiro, de 41 anos, contou que abusou das crianças na aula de religião, mas também em uma piscina e até pula-pula.
“Ele disse que abusava dessas crianças porque elas não tinha conhecimento, então elas não iriam delatar às famílias o que ele fez. Seria mais fácil ter o controle. Ele falava que naquela hora, naquele medo, tudo favorecia o silêncio”, disse Leise.
Preso preventivamente desde sexta-feira (20), Ribeiro está na cadeia de Serra Negra. A Polícia Civil tinha previsto para a tarde desta segunda-feira (23) o depoimento do pastor da igreja, que passaria uma lista com as vítimas que sofreram abuso do professor. No entanto, a oitiva foi remarcada para terça (24).
Segundo Fernando Ramon Petrucelli Moralez, delegado titular de Amparo, a Polícia Civil não descarta a possibilidade de aparecimento de novas vítimas durante as investigações.
“Esse número [de vítimas] ainda não está fechado. Acreditamos que pode haver mais e as investigações prosseguem para identificar outras novas vítimas”.
Professor atuava em evangelização
Marcos Bueno Ribeiro atuava na evangelização de crianças e adolescentes na 1ª Igreja Batista de Amparo. De acordo com a Polícia Civil, Ribeiro praticava os crimes há pelo menos três anos.
Em nota, a 1ª Igreja Batista de Amparo confirmou que o suspeito era membro da comunidade, e disse que “colabora com a Justiça e cumpre seu papel de dar apoio às famílias e vítimas, e também à família do acusado”.
O pastor também reforçou que o suspeito admitiu os crimes, e lembrou que as aulas eram ministradas por ele junto com a mulher. Ele preferiu não gravar entrevista e também não quis mencionar detalhes sobre como ocorreram os abusos na igreja localizada no Jardim Itália.