Servente de pedreiro Júlio César será julgado em dia diferente do casal Bruno Oliveira e Mayara Abrantes. Menina foi morta em Araçariguama (SP), em junho de 2018, ao sair para andar de patins.
O processo do assassinato da adolescente Vitória Gabrielly Guimarães Vaz, de 12 anos, encontrada morta em Araçariguama (SP), foi desmembrado em dois júris. O servente de pedreiro Júlio César será julgado em dia diferente do casal Bruno Oliveira e Mayara Abrantes.
Os três réus estão presos em Tremembé, no Vale do Paraíba (SP), e já foram ouvidos pela polícia e também na Justiça, mas negaram os crimes.
Segundo o advogado Clayton Wesley de Freitas Vezerra, que trabalha com a advogada Priscila Dias Modesto, o casal Bruno e Mayara deve ir a júri apenas no próximo ano.
Serão realizados dois julgamentos porque apenas a defesa do casal recorreu da sentença. Como os advogados de defesa de Júlio não entraram com ação, ele será o primeiro a ir ao tribunal.
Os réus foram denunciados por sequestro, assassinato e ocultação de cadáver. O processo está em segredo de Justiça e a data para a realização do júri deve ser entre setembro e outubro.

Quarto suspeito
Um quarto suspeito de participação no crime foi preso no dia 21 de maio e reconhecido através de fotos por duas testemunhas protegidas. Odilan Alves, de 36 anos, morava em Itapevi (SP) e confessou que comandava o tráfico de drogas na região de Araçariguama.
A identificação dele como suposto mandante do crime foi possível em função de características passadas por uma testemunha protegida em depoimento ao Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), em São Paulo.
No dia 6 de junho, três jovens foram apreendidos no bairro Jardim Brasil, em Araçariguama, suspeitos de trabalharem para o traficante. Ao fim do inquérito, Odilan pode responder por tráfico de drogas, associação criminosa e também pela morte da menina.

Relembre o caso
Vitória Gabrielly desapareceu na tarde do dia 8 de junho de 2018, quando saiu de casa para andar de patins, em Araçariguama.
Uma câmera de segurança registrou a menina na rua no dia do sumiço. O desaparecimento mobilizou buscas de moradores e policiais pela região.
A adolescente foi encontrada morta oito dias depois, em 16 de junho, em uma mata às margens de uma estrada de terra, no bairro Caxambu.
Segundo a polícia, a garota estava com os pés e as mãos atados e o corpo amarrado a uma árvore. Vitória usava a mesma roupa que vestia no dia em que sumiu e os patins foram encontrados perto do corpo.
Um ano depois do assassinato em Araçariguama, o pai da garota conta que foi criado o Instituto Vitória Gabrielly justamente para afastar crianças de áreas de risco na cidade.
A entidade é voltada para captar doações de parceiros e o objetivo é ajudar adolescentes com conscientização e um espaço seguro para brincadeiras. Uma pista de patins também está no projeto.
“A meta é colocar um local com crianças cadastradas para ter lazer, reforço escolar e todo o apoio. A Vitória gostava de patinar e teremos algo ligado a isso, dentro de um espaço sendo vigiado por um adulto. A documentação está pronta e estamos vendo o local.”
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