Candidato ao governo de São Paulo alega que o uso do equipamento limita a atuação das forças de segurança.
Tarcísio de Freitas, candidato ao governo de São Paulo, reafirmou nesta sexta-feira (7) que irá retirar as câmeras instaladas nos uniformes dos policiais militares, caso seja eleito. O sistema registra, em áudio e vídeo, intervenções no estado e tem sido um dos responsáveis pela queda da letalidade policial.
Ele alega que o uso do equipamento limita a atuação das forças de segurança. “O estado está do lado dele [policial], por isso eu tive uma postura muito crítica com relação às câmeras. O que representa a câmera? É uma situação deixar o policial em desvantagem em relação ao bandido”, disse em entrevista ao programa Pânico. Questionado se deverá determinar a retirada das câmeras, Tarcísio respondeu: “Ah, com certeza”.
O candidato, aliado de Jair Bolsonaro (PL), disse também que a decisão é um recado aos criminosos. “Chega no dia seguinte, eu vou tirar a câmera. O bandido então: ‘opa, mudou. Tem que respeitar esta Polícia, porque o governo está do lado dela’. Isso já tem um efeito sobre o crime imediato.”
O ex-ministro de Infraestrutura já havia se comprometido em reavaliar a utilização de câmeras. Mas, nesta sexta, ele foi enfático em acabar com a obrigatoriedade. Nas diretrizes do seu plano de governo, documento entregue ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Tarcísio afirma que irá “rever a política das câmeras corporais”. Já o seu concorrente no segundo turno, Fernando Haddad (PT), diz que pretende ampliar a instalação de câmeras.