Entre outros motivos, a greve dos Correios ocorreu porque a empresa começou a cobrar dos funcionários parte do valor referente aos seus planos de saúde.
Após uma determinação do Tribunal Superior do Trabalho (TST), os trabalhadores dos Correios decidiram no fim da tarde desta terça-feira (13) encerrar a greve que estava em atividade em todo o país. O TST decidiu que 80% da força de trabalho da empresa estatal deveria voltar a seus postos, e, por isso, a Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios (Fentect) resolveu encerrar oficialmente a greve.
Jose Rivaldo da Silva, secretário geral da Fentect explicou que era preciso reorganizar o movimento contra as mudanças nos Correios. “Uma greve com 20% do pessoal não atende o objetivo do movimento. Achamos melhor recuar estrategicamente e nos reorganizar”, comentou.
Entre outros motivos, a greve dos Correios ocorreu porque a empresa começou a cobrar dos funcionários parte do valor referente aos seus planos de saúde. A companhia também queria eliminar a possibilidade de funcionários colocarem pais e mães nos planos, além dos já permitidos dependentes diretos, como cônjuges e filhos. A decisão do TST especifica que os Correios poderão cobrar parte do valor do plano diretamente na folha de pagamento dos colaboradores, mas não será permitido excluir pais e mães de funcionários dos planos até meados do ano que vem, respeitando as regras vigentes.
Apesar de os trabalhadores terem recuado da greve nesse momento, é possível que outras paralisações ocorram durante o ano contra movimentos de privatização da estatal e também durante o mês de julho, quando se iniciam as negociações de reajuste salarial dos trabalhadores dos Correios.
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