UFSCar busca voluntários para estudo que avalia dores no joelho em praticantes de corrida

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Objetivo é avaliar o uso de palmilha com elevação da região medial do calcanhar para os pés sobre a dor. Podem participar pessoas entre 18 e 35 anos e que nunca tenha feito cirurgia na região.

Uma pesquisa de mestrado da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) busca voluntários entre 18 e 35 anos, que praticam corrida há pelo menos três meses, para avaliar os efeitos imediatos do uso de palmilha na dor do joelho.

Podem participar pessoas que apresentem dor na região anterior do joelho ao correr ou em atividades como descer e subir escada, saltar, agachar, ajoelhar ou ficar longos períodos sentados.

Os participantes não podem ter realizado cirurgia no joelho, ter dor causada por trauma ou possuir alguma disfunção cardíaca ou neurológica.

O estudo, desenvolvido no Programa de Pós-Gradução em Fisioterapia (PPGFt), oferece avaliações e orientações gratuitas aos participantes. Os interessados devem se inscrever por meio de um formulário on-line.

Objetivo da pesquisa

De acordo com o pesquisador Hygor Ferreira da Silva, a articulação do joelho é o local de maior acometimento de lesões em corredores, sendo a dor na região frontal do joelho – patelofemoral – a disfunção mais comum nessa região.

Diante disso, o objetivo da pesquisa é avaliar o uso de palmilha com elevação da região medial do calcanhar para os pés sobre a dor, percepção de melhora e mudanças no movimento do membro inferior (cinemática) de corredores com dor nessa região anterior do joelho.

Ainda segundo Silva, a literatura aponta que o suo de palmilhas está associado à melhora imediata da dor em pessoas com dor na região frontal do joelho. Porém, embora exista a hipótese de que essa melhora ocorre devido às alterações cinemáticas no membro inferior causadas palmilha, isso não foi comprovado até o momento.

“Assim para uma melhor compreensão dos mecanismos envolvidos na melhora dos sintomas com o uso da órtese para o pé, há necessidade de estudos que utilizem técnicas mais robustas para a análise do movimento. E será isso que faremos no meu trabalho”, explicou o pesquisador.

A expectativa do projeto é que, após a aplicação das intervenções das órteses para os pés de acordo com a condição empregada, os participantes apresentem uma redução dos níveis da dor, percepção global de melhora e mudanças nos padrões de movimento.

“Sendo assim, seremos capazes de explicar os mecanismos envolvidos na percepção de melhora e redução da dor devido ao uso da órtese para os pés”, acrescentou Silva.

Como será

Os voluntários selecionados terão que fazer duas visitas presenciais ao Campus São Carlos da UFSCar para coleta de dados, testes e avaliações.

Ao final do estudo, os voluntários receberão um vídeo com orientações de exercícios de mobilidade e fortalecimento que têm o objetivo de prevenir lesões, além de cartilha com orientações em relação à progressão de carga e métodos de recuperação pós-atividade.

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