Uma a cada quatro gestantes sofre com problemas de saúde mental

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Duas perguntas ajudam a identificar possíveis desordens e garantir equilíbrio para mãe e bebê nessa fase tão importante da vida.

Apesar de gratificante, a gestação não é um período nada fácil. E para 25% das mulheres, ele pode ser ainda mais delicado, acompanhado de depressão e outros transtornos que afetam a mente. Foi o que mostrou um novo estudo do King’s College London, na Inglaterra.

Os pesquisadores avaliaram 545 mulheres acima dos 16 anos por meio de testes usados no diagnóstico de distúrbios psicológicos ou psiquiátricos. Eles descobriram primeiro uma prevalência considerável de ansiedade e depressão, que atingem 15% e 11% das grávidas, respectivamente.

Além disso, apareceram casos de transtornos alimentares, como anorexia e bulimia, em 2% das futuras mamães, e outras doenças menos comuns, incluindo os transtornos obsessivo-compulsivo, do estresse pós-traumático e até mesmo o bipolar. Vale dizer que as mulheres não desenvolveram as doenças por conta da gravidez, mas uma coisa está bem ligada à outra, uma vez que problemas do tipo podem interferir na saúde da mãe e do filho até a adolescência.

“O maior foco das pesquisas até agora sempre foi nas variações de humor típicas desse período, mas os profissionais de saúde também precisam estar prontos para identificar a presença de desordens mentais na gestante”, explica Louise Howard, psiquiatra e autora principal da pesquisa. A ideia dos cientistas é que o trabalho não só reforce a importância dessa investigação, mas aponte um caminho mais simples para ela.

Duas perguntas

O estudo comparou métodos mais complexos de diagnóstico de desordens do tipo com o método de Whooley, que usa apenas duas questões para averiguar se há algum risco para a saúde mental escondido em uma simples tristeza ou comportamento diferente:

  • No último mês, você se sentiu incomodada por estar triste, para baixo ou desesperançosa?
  • No mesmo período, você sentiu menos prazer ou interesse em fazer as coisas que faz geralmente?

Se a resposta para essas perguntas for sim, a recomendação é que o médico apure melhor a situação e, se necessário, encaminhe a gestante para outro profissional, como um psiquiatra ou psicólogo. Mais importante do que isso é, ainda, garantir um espaço seguro para que a mulher possa se abrir e perguntar sobre a saúde mental sem fazer julgamentos.

Diagnosticar precocemente, dar suporte e acompanhar cada caso é a melhor maneira de garantir que mãe e filho tenham uma mente equilibrada e uma vida feliz pela frente.


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