Unicamp diz que Santa Casa seguiu procedimento em caso de morto por picada de cobra

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Família de Ricardo da Silva de Jesus, de 38 anos, afirma que houve negligência no caso; vítima morreu 12 horas depois de dar entrada na Santa Casa de Amparo (SP).

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) informou que todos os procedimentos foram tomados e o soro antiofídico disponibilizado no caso que terminou com a morte do mecânico Ricardo da Silva de Jesus, de 38 anos, picado por uma cobra cascavel, na zona rural de Amparo (SP). Para a família da vítima, houve negligência no caso, já que o paciente veio a óbito 12 horas após dar entrada no centro médico.

De acordo com o Centro de Informação e Assistência Toxicológica da Unicamp, a Santa Casa de Amparo entrou em contato assim que o mecânico deu entrada no hospital.

Ricardo de Jesus tinha 38 anos e ficou 12 horas internado na Santa Casa de Amparo — Foto: Reprodução/EPTV

A informação é que o soro foi disponibilizado assim que houve confirmação, de fato, do envenenamento e de qual era a espécie da cobra que havia picado Jesus. O motoboy chegou até a Unicamp para pegar o antídoto, mas recebeu a informação de que o paciente tinha morrido.

Segundo o atestado de óbito, as causas da morte de Jesus foram insuficiência respiratória aguda, edema agudo de pulmão, ação de veneno de cobra e acidente ofídico. A Santa Casa abriu uma investigação interna para averiguar se houve erro na condução do atendimento.

Para o advogado da família, Carlos Alberto Martins, houve negligência no caso. “O que o médico, hospital deveria fazer. Ou trazer o soro, ou transferir o paciente imediatamente para onde tem o atendimento adequado. Não deixar o paciente agonizando, com dor, até o seu óbito”, disse.

Mecânico morreu após ser picado por uma cobra em Amparo — Foto: Reprodução/EPTV

Procurada, a Santa Casa disse que só irá se manifestar sobre o caso após a conclusão da sindicância. A Secretaria de Saúde do Estado informou que a distribuição de soroterapia é de responsabilidade do Ministério da Saúde, e que o Estado só redistribui para os municípios.

A pasta esclareceu ainda que a definição de locais estratégicos para a disponibilização do soro contra animais peçonhentos é feita pelo órgão federal. E que a região de Campinas está abastecida, e conta com quatro unidades estratégicas de distribuição de soro: Campinas, Jundiaí, Bragança Paulista e Atibaia.


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