Uso incorreto de alisantes agride cabelo e causa lesões, aponta pesquisa da UFSCar

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Estudo feito com 100 mulheres de SP e do RJ comprovou que 98% delas usa algum tipo de substância química para alisar, tingir ou descolorir o cabelo

Uma pesquisa da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) feita com 100 mulheres em São Paulo e no Rio de Janeiro revela que 98% delas usa algum tipo de substância química para alisar, tingir ou descolorir o cabelo.

De acordo com o estudo, metade admitiu que já passou formol, que é proibido justamente por ser muito perigoso. Os pesquisadores comprovaram como vários produtos, se não forem utilizados corretamente, podem agredir o cabelo e o couro cabeludo.

Em parceria com uma empresa de cosméticos, os cientistas testaram os produtos em mechas. Eles notaram que a camada de revestimento (queratina) do fio natural ficou mais fina quando aplicaram o formol.

“Pode acontecer de você ter queda do cabelo, irritação, inflamação, aparecimento de feridas, uma série de consequências danosas também no couro cabeludo”, disse a pesquisadora da UFSCar Valéria Longo.

Efeitos

O químico Fausto Silva Júnior estudou os efeitos de alguns produtos usados no alisamento. Segundo ele, a maioria é ácido, o que aumenta o risco de lesões.

“Essa lesão pode provocar queimaduras, machucado e forma um tecido cicatricial, ali naquele local não nasce fio depois”, afirmou.

Segundo a pesquisadora da UFSCar, é recomendado escolher algum alisante que tenha o Ph próximo ao sete. “O sete é o neutro, então você vai realizar um alisamento com mais segurança para o seu cabelo, para o seu couro cabeludo e com mais saúde para você”, disse.

Intervalo

Na hora de alisar ou colorir, é importante dar um intervalo de cinco a seis meses entre um procedimento e outro, ressaltou a terapeuta capilar Regis Mara Santana.

“Isso te dá uma margem de segurança para que você não exceda o limite em que o cabelo já foi alisado e a raiz ou a área de crescimento que vai ter que ser alisada novamente”, explicou a especialista.

Depois que o couro cabeludo ficou irritado, a assistente administrativa Ana Lucia de Oliveira Silva decidiu não fazer mais alisamento. “Consegui tirar toda a parte química e manter só o meu cabelo mesmo. Estou muito feliz agora”, disse.

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