Pesquisa desenvolvida na Inglaterra mostra importância da vacina contra o HPV para reduzir o número de casos de câncer do colo do útero. Imunizante é oferecido de forma gratuita no Brasil.
Um estudo realizado na Inglaterra mostrou que a vacinação contra o HPV foi responsável pela queda de 87% nos casos de câncer do colo do útero, especialmente em mulheres vacinadas na adolescência.
No Brasil, a vacina está disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) para meninas de 9 a 14 anos, para meninos de 11 a 14 e para mulheres de até 45 que tenham quadro de imunodepressão, ou seja, sistema imunológico enfraquecido.
Mesmo com a vacina sendo gratuita para esses grupos, nem todos que poderiam ser protegidos vão até os postos de saúde.
“Estamos tendo uma dificuldade enorme de alcançar as coberturas desejadas que são sempre acima de 90% . Atualmente, a primeira dose chega perto de 50% a 52% [de cobertura], e a segunda é pior ainda”, diz Cecilia Rotelli, presidente da Comissão Nacional Especializada em Vacinas da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).
“A vacina ficou disponível para eles em 2017 e a situação para o adolescente é pior porque ele não vê a doença, além de ser muito difícil convencer essa faixa etária a ir num posto de saúde para tomar duas doses de uma vacina intramuscular.”
Campanhas contra a vacina e fake news divulgadas por grupos negacionistas incentivam a baixa adesão à vacina. Há grupos que chegam a argumentar que a vacinação pode estimular uma vida sexual precoce entre crianças e adolescentes – algo sem nenhuma comprovação científica.
A mulher adulta também pode se vacinar e vai se beneficiar com isso, entretanto, ela corre o risco de já ter adquirido o vírus do HPV ainda na adolescência. “Por isso, a mulher adulta, além da vacina, precisa fazer o rastreamento”, lembra Rotelli.
Fonte: CNN Brasil
